Meninas migrantes enfrentam riscos em travessia para os Estados Unidos

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Adital | 10.09.2013| De forma ilegal e sem a companhia de um adulto, meninas e adolescentes da América Central tentam fazer a travessia do México com os Estados Unidos sobre “a rota do sequestro”, localizada em Oaxaca, no México. A bordo de um trem conhecido como “La Bestia”, um transporte de mercadorias que liga o sudeste com o norte do México, as meninas entre 3 e 17 anos migram fugindo da violência em busca dos pais ou de melhores condições de vida que não existem em seus países de origem.

Os riscos que esas jovens podem enfrentar durante a viagem são vários, como acidentes, desidratação, aliciamento a redes de crime organizado e abuso sexual, além de sofrer maus tratos institucionais no momento da repatriação ou até mesmo a morte no período da travessia. De janeiro a agosto de 2013, o Sistema para o Desenvolvimento Integral para a Família (DIF) de Oaxaca recebeu 14 meninas, que foram canalizadas pelo Instituto Nacional de Migração (INM) em sua passagem pela entidade.

Laura Vargas Mayoral, procuradora para a Defesa do Menor em Oaxaca, não descartou que outras meninas tenham sido interceptadas pelos traficantes de pessoas, em um estado que possui uma rota definida como perigosa pela Anistia Internacional (AI), devido à sua posição geográfica e ao trânsito de mercadorias provenientes do estado de Chiapas. Ela também salientou que em todos os casos o Desenvolvimento Integral da Família (DIF) de Oaxaca se comunica com as embaixadas dos países de origen das meninas migrantes, traçando estratégias de reinserção familiar, dependendo dos motivos que as fizeram sair de casa.

Para conscientizar sobre a problemática do migrante no trânsito pelo México está sendo aplicado também o “Modelo Integral de Convivência Pacífica para Migrantes”. A diretora do Instituto de Estudos, Fabianne Venet, afirmou que Oaxaca, Veracruz e Tamaulipas são os três locais que registram o maior número de habitantes centro-americanos sequestrados. Acerca do projeto ela afirma que “Não é que não tenham o direito de migrar, mas essa condição deve ser feita de forma segura e com ferramentas de vida para fazê-lo”, ressaltou Venet.

Com informações de Cimac Notícias

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