O segundo dia da Assembleia Trienal da Rede Um Grito Pela Vida foi dedicado ao “Grito da Memória”, um momento de partilha, escuta e reconstrução do caminho percorrido no triênio 2022-2025. O encontro, realizado nesta quinta-feira (30), reuniu representantes dos núcleos da Rede de várias regiões do país para revisitar a trajetória, celebrar conquistas e renovar o compromisso com a defesa da vida e o enfrentamento ao tráfico de pessoas.
A manhã começou com um tempo de oração, evocando a lembrança das vítimas e reacendendo a esperança na missão. A celebração recordou a presença da Trindade Santa como fonte de força e luz para os que integram a Rede.
Em seguida, a Coordenação Nacional apresentou o Relatório do Triênio 2022-2025, com as ações e prioridades definidas na assembleia anterior: organização e parcerias; formação, missão e espiritualidade; incidência social, política e religiosa; mobilização social; comunicação; e sustentabilidade humana e financeira.
Em sua mensagem, a Coordenação afirmou que o triênio foi vivido em um contexto de desafios, guerras, crises, migrações, mudanças climáticas e destacou a capacidade da Rede de se reorganizar e manter a missão.
“Recriamos estratégias com criatividade e comunhão, reafirmando nosso compromisso com a vida. Buscamos caminhos de resistência e mantivemos nosso compromisso de erradicar o tráfico de pessoas e todas as formas de abuso e exploração”, registrou o texto da Coordenação.
Durante a manhã, uma dinâmica ajudou a representar o percurso da Rede: uma rede de pesca vazia foi sendo preenchida por peixes, simbolizando os frutos e avanços da missão; uma planta representou as ações em crescimento; uma pedra, os desafios; e uma vela acesa, as esperanças que orientam o caminho.
A Coordenação expressou gratidão pelo empenho dos núcleos em todo o país, mencionando o engajamento no enfrentamento ao tráfico de pessoas, ao abuso e à exploração sexual, mesmo diante das dificuldades sociais, políticas e econômicas do período.
Na segunda parte da manhã, foi apresentada a prestação de contas financeira, com a exposição dos recursos de doações e projetos, aprovados pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional). Depois, os participantes se reuniram em grupos de trabalho para analisar a avaliação enviada pelos núcleos, organizada em um mapa mental. As partilhas e propostas apresentadas na plenária contribuíram para fortalecer a participação e a corresponsabilidade.
À tarde, a programação seguiu com o aprofundamento das partilhas e a preparação para os próximos passos da Rede. O grupo foi convidado a refletir sobre os aprendizados do triênio e a projetar caminhos para o novo período, em sintonia com os eixos que orientam o trabalho de enfrentamento ao tráfico de pessoas.
Os grupos retomaram os elementos centrais da caminhada, missão, incidência e articulação, destacando a importância de fortalecer a presença nos territórios, ampliar o diálogo com organizações parceiras e investir na formação continuada de agentes e comunidades.
O exercício coletivo de memória e planejamento reforçou a identidade da Rede como espaço de comunhão e compromisso com a vida ameaçada. As falas apontaram para a necessidade de manter viva a articulação em rede, a colaboração entre os núcleos e o engajamento conjunto em políticas públicas que promovam justiça e proteção às pessoas em situação de vulnerabilidade.








