SEMANA DA PÁTRIA

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Lauro Daros

A Semana da Pátria convida à reflexão sobre o que é ser patriota. Cidadãos, Famílias e Instituições de Educação podem participar de desfiles e de outras comemorações cívicas; no entanto, patriotismo vai além da participação em tais eventos. O patriotismo deve existir sempre, ultrapassar a barreira da Semana da Pátria. Em se tratando de educação, patriotismo é formar bons cidadãos, comprometidos com o presente e o futuro do país.

Trabalhar a disciplina é essencial na formação do bom cidadão. O conceito de disciplina está diretamente ligado à formação para a cidadania. Formar bons cidadãos é missão de toda a sociedade, com destaque para a família e para a escola.

A família, primeira educadora, fonte de afeto e de segurança, transmite, pela vivência, as virtudes da sociabilidade. O respeito por si próprio e pelo outro; o respeito pelo meio ambiente e pelos bens públicos; o respeito pelas normas do trânsito e pelos bons costumes; o respeito pelas leis; enfim, o respeito pela vida, tudo faz parte de uma disciplina interior, transmitida primeiramente no aconchego familiar.

A escola aprofunda e amplia a disciplina transmitida em casa. Sem base familiar, a educação escolar não se sustenta; sem base escolar, a educação familiar não se complementa. A educação integral, ou seja, a educação de todas as dimensões, como a cognitiva, a ética, a social, a espiritual, entre outras, cabe a ambas. Por isso, por uma questão de bom senso, a família e a escola devem ser parceiras.

A disciplina é um movimento positivo, uma energia canalizada para a criatividade, para as relações humanas, para o respeito ao meio ambiente, para a construção de conhecimento, para o crescimento pessoal e social. A palavra disciplina vem do latim, disciplina, que significa “ensinar”. Pela disciplina, ensina-se à criança e ao adolescente a viverem mais produtivamente e com amor.

É importante sempre lembrar que a disciplina é meio, não fim. O fim é a pessoa, e a disciplina é meio de ajudá-la a ser feliz consigo mesma, com a família e com a sociedade. Quem determina a medida da disciplina é o amor. Às vezes, é preciso ser flexível, outras vezes é necessário diminuir os espaços. Não é possível falar de disciplina sem falar em ética e limites.

Amor e razão não são dicotômicos. Não se excluem. Antes, se atraem. Quando não há amor, a razão torna-se pedra; quando não há razão, o amor torna-se água. Pela mistura justa e equilibrada da água e da pedra erguem-se construções sólidas e duradouras.

E é bom que fique claro que a indisciplina pode se manifestar em todos os graus. Desde um xingamento a um colega até um ferimento grave; desde um simples risco na carteira escolar até a danificação de um bem público; desde o desperdício de água até a poluição de um rio; desde o suborno a um guarda de trânsito até o hábito da corrupção. Enfim, um grande cabedal de pequenos e grandes exemplos poderia ser citado.

O maior problema está no exemplo que os adultos dão às crianças e aos adolescentes. Mais que nas palavras, a grande força educativa está no exemplo. Antes de educar pela palavra, o grande educador educa pelo que é e pelo que faz. As crianças e os adolescentes vivem num mundo que não construíram. Não foram eles que criaram tantos problemas sociais e ambientais.

Sejamos nós, educadores, os primeiros em recuperar o sentido da disciplina e oferecer às novas gerações um mundo de paz, de ordem e de justiça.

Ofereçamos à pátria bons cidadãos, livres e disciplinados, conscientes de seus deveres antes de reclamarem seus direitos. Cidadãos que votem com consciência e depois acompanhem de perto até o fim seus representantes para que sejam éticos e realizem os projetos prometidos.

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