Presidente da CRB participa, em Brasília, da 2ª Marcha das Mulheres Indígenas

 

 

De  07 a 11 de setembro, acontece em Brasília, a segunda marcha das mulheres indígenas com o tema “Mulheres originárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra”.

“Não suportamos mais tantas atrocidades e ataques apontados pra nós. Somos nações, povos, mulheres Mil-lhares que podem ajudar de maneira significativa e singular a humanidade a superar uma de suas grandes crises climáticas e ecológica em direção à manutenção da vida e do equilíbrio da Mãe Terra.

É chegada a hora da retomada da Ancestralidade desse país, de falarmos do Brasil que sonhamos e, para sonhar esse novo Brasil é preciso esse reflorestar de mentes da humanidade”, dizem elas.

A 2ª Marcha das Mulheres Indígenas aconteceu na manhã desta sexta-feira (10) .

A presidente da CRB Nacional, Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, mad, esteve, e caminhou na 2ª Marcha das Mulheres Indígenas, em Brasília, onde outras irmãs consagradas, como Ir. Lourdes, das Irmãzinhas da Imaculada Conceição (Acre), e o frei  Mateus, capuchinho (SP),   também estiveram e participaram.

 

A 2ª Marcha teve como objetivo garantir a vida das mulheres, anciãs, jovens e crianças presentes, na mobilização que acontece desde o dia 7 de setembro, na capital federal, com a participação de mais de 5 mil pessoas, de 172 povos, de todas as regiões do país.

Grupos extremistas, fascistas, armados, muitos identificados com camisetas escrito Agro seguem invadindo a Esplanada dos Ministérios, com olhares coniventes do governo do GDF (Governo do Distrito Federal) e em apoio a Jair Bolsonaro. Em virtude disso, a Esplanada está bloqueada.

Dizem as mulheres, em Nota:

“A nós interessa saber quem é o agro que financia esses criminosos? Quem são os golpistas que querem a todo custo impedir o Supremo Tribunal Federal de julgar o processo da Terra Indígena Ibirama-Laklãnõ do povo Xokleng, que marcará definitivamente a política de demarcação de terras no Brasil?

Viemos de todo o país realizar nosso encontro de mulheres, em um diálogo sobre as nossas pautas e acompanhar o que pode ser o julgamento mais importante para os direitos indígenas no país em décadas. O Marco temporal é uma aberração jurídica, elaborada por aqueles que financiam essas manifestações antidemocráticas, e que a todo custo, historicamente, tentam calar nossa voz, subjugar nossos corpos, assim como já fizeram no passado.

Todos os olhos do mundo estão voltados hoje para o Brasil, perplexos. A imprensa nacional e internacional está acompanhando a nossa mobilização, repercutindo em todo o mundo a nossa luta e o que pode acontecer.

Jamais aceitaremos que nossas mulheres e povos sejam submetidos novamente a tamanha violência! Esses capítulos são páginas de um passado, que estamos reescrevendo com a nossa luta, a partir do chão dos nossos territórios.

A 2ª Marcha das Mulheres Indígenas sai do nosso acampamento, para as ruas, com nossos corpos e nossas vozes ecoantes na luta por justiça, por liberdade e pela demarcação de nossas terras sagradas ancestrais.”

“Jamais aceitaremos o arbítrio do governo genocida.

Marco Temporal Não
Demarcação JÁ

Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade – ANMIGA

Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB

Organizações regionais de base da APIB:

APOINME – Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo
ARPIN SUDESTE – Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste
ARPINSUL – Articulação dos Povos Indígenas do Sul
ATY GUASU – Grande Assembléia do povo Guarani
Comissão Guarani Yvyrupa
Conselho do Povo Terena
COIAB – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira”

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