O que o Espírito diz à Igreja no Brasil?

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Leitura profética dos sinais dos tempos segundo Dom Walmor

Quando questionado sobre as ameaças e oportunidades da Igreja católica no Brasil, nos próximos 5 anos, Dom Walmor usa palavras com tons e timbres proféticos.

Palavras lúcidas, por isso, iluminadoras. Palavras proféticas que precisam serem escutadas, meditadas e discernidas. Clarividência! Análise pertinente e clara, sem meias palavras, que já geram reações pelo alimentadores obscurantistas de um ódio fanático.

De fato, sendo palavras que expressam plenitude, exigem de nós respostas novas. Temos que refletir melhor para não continuarmos dando respostas medíocres para situações sombrias. É fato que toda “crise esconde boas notícias que devem ser ouvidas refinando a audição do coração” (AL 232). É preciso “recompor o esgarçado tecido da nossa sociedade brasileira”. Isso requer de nós sabedoria, prudência e compromisso comum, para que tudo o que já foi feito até agora, não seja inútil.

Digo mais, a Igreja no Brasil, se não correr contra o tempo, tem o risco de ser totalmente gnóstica e pelagiana. Tomara Deus que não! Elementos esses, inclusive, já profetizados pelo papa Francisco não somente para o Brasil, mas para toda a Igreja.

Vemos crescer cada vez mais uma gama de formadores, sobretudo, virtuais, que estão prestando um des-serviço à fé e a Igreja. Constroem e confirmam inverdades. Alguns inclusive usurpam-se de uma autoridade que não têm ou de uma autoridade anacrônica, com uma paralisante nostalgia de um passado distante.

Uma Igreja gnóstica e pelagiana, a partir de uma compreensão distorcida do sacerdócio comum, do ministério ordenado e da vida religiosa. E assim, perderá o sentido da história e não saberá para que serve, preferindo os caminhos da hipocrisia, da autorreferencialidade e da distração mundana, perdendo a relação com o ser humano e com Deus. Por que o hipócrita? Porque este é aquele que faz da sua contradição um heroísmo trágico e uma devoção particular, onde busca perpetuar o engano e a falsidade para se auto justificar, para atrair e para criar uma impressão que não existe.

Então, poderemos ver um catolicismo alimentado por uma tradição que não é tradição, correndo o risco de ser mágica-pagã ou neo-pagã. Uma tradição distorcida. Aliás, não só distorcida, mas paralela, e talvez, por odiarem a palavra, e sem querer, “protestante”, bem entre aspas, porque a única coisa que lhes interessa é o próprio “protestar” a favor de um narcisismo espiritual e de uma destruição do outro, até mesmo, velada e obscurantista.

Enquanto não nos dermos conta disso, vamos continuar preocupados somente com as mãos limpas, as vestes cândidas, as falsas espiritualidades, as piedades supérfluas, com um ritualismo vazio, com uma ideia perversa de fraternidade, com políticas perversas, assumindo formas que destroem, onde escolhemos estratégias sem a luz do evangelho.

Enfim, o mais difícil é perceber que essa gente foi denunciada por Jesus no evangelho, “se apegam as tradições humanas, matam os profetas e depois os homenageiam […] filtram o mosquito e deixam passar o camelo”.

Portanto, ouvirmos essas palavras, o pedido de abrirmos uma reflexão, de envolvermo-nos nessa tarefa, enquanto a Igreja se prepara para a solenidade de Pentecostes, renova a nossa fé e a nossa certeza de que o Espírito sopra aonde quer, você ouve ruído, mas não sabe de onde nem para onde vai. Que a graça de Deus nos dê disposição para ouvir, refletir, re-aprender e discernir.

É urgente, porque urge do Espírito.

Frei Luis Felipe C. Marques, OFMConv.

Segue o texto de dom Walmor para quem interessar: https://bit.ly/2ZNHbGN

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