Missionários em Guiné Bissau dão testemunho firme na fé

Compartilhe nas redes sociais

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no telegram
Telegram

“Nossos missionários são muito dedicados e têm um grande amor por este povo.” Esta é a impressão do diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil (POM), padre Camilo Pauletti, que esteve entre os dias 14 a 23 de novembro em visita aos missionários brasileiros que trabalham na Guiné Bissau.

Uma das finalidades das POM é prestar solidariedade e dar apoio aos missionários brasileiros na missão além-fronteiras. Atualmente mais de 40 missionárias e missionários brasileiros atuam nas duas dioceses daquele país: Bafatá e Bissau.

País da África Ocidental, Guiné Bissau faz fronteira com o Senegal ao norte. O território abrange 36.125 quilômetros quadrados de área, com uma população estimada de 1,6 milhão de pessoas. Há carências nas áreas de energia, saúde, educação, transportes, estradas e comunicação.

“É um povo enfraquecido, com governo corrupto e com infraestruturas precárias. O povo costuma pedir coisas e dinheiro. Branco é visto como aquele que tem. Faltam líderes preparados para assumir responsabilidades”, relata padre Camilo.

Neste clima vivem os missionários brasileiros, bispo, padres, religiosas e religiosos, diáconos, consagradas e leigos que atendem várias paróquias nas duas dioceses. O brasileiro natural de São Paulo, dom Pedro Zilli, PIME, é o primeiro bispo de Bafatá, e está na diocese há 15 anos. Ele ajudou a organizar os dias de visita aos brasileiros.

Na quinta-feira (19), foi realizado no seminário maior, um encontro com todos os seminaristas diocesanos e religiosos, formandas e religiosas, contabilizando mais de 100 pessoas. Participaram também, o diretor nacional das POM de Guiné Bissau, padre José Giorgio e um secretário diocesano, além do bispo auxiliar de Bissau, dom José Lampa Crá.

Para padre Camilo o encontro foi significativo pela troca de experiências, com momentos de animação e cooperação missionária.

O trabalho dos missionários inclui evangelização e promoção humana como, educação, saúde, orfanatos, creches, Pastoral da Criança, promoção das mulheres, meios de comunicação, escola técnica e outras formas de defesa da vida.

“A presença dos missionários tem reconhecimento tanto do povo como do governo, pois amenizam sofrimentos e desenvolvem o crescimento humano”, destaca padre Camilo.

Aos poucos a Igreja do país vai formando padres, catequistas e animadores da própria comunidade. Porém, ainda é uma Igreja jovem e com a missão de dar testemunho vivo da fé, num país onde vivenciam formas sincréticas das religiões islâmica e cristã, combinando suas práticas com as crenças tradicionais africanas.

O diretor das POM Brasil fala sobre a dedicação dos missionários: “Somos gratos ao ver a confirmação da fé manifestada no compromisso, na promoção e apoio das vocações missionárias. Além do bispo, várias congregações femininas e masculinas, novas comunidades de vida e leigos jovens, cooperando com o testemunho de vida cristã em favor das missões.”

O Regional Sul 2 da CNBB (Paraná), com suas 18 dioceses abriu recentemente uma missão na diocese de Bafatá. A missão fica em Quebo e conta hoje com o diácono Pedro e sua esposa Salete Lang. Ainda em seu início, os missionários estão criando toda a estrutura necessária para morar e desenvolver as atividades com o povo.

São muitas as crianças e jovens, as igrejas ficam cheias nas celebrações dominicais. As “tabancas”, pequenas comunidades, estão espalhadas por todo o interior. A presença de muçulmanos é forte. Há um bom número de igrejas evangélicas com pastores brasileiros. No povo, é marcante a força da religião e dos ritos tradicionais.

“A Igreja católica, os missionários e tudo o que fazem, constitui uma força que impulsiona e favorece a vida. Os jovens manifestam alegria e esperança de um futuro e uma vida melhor”, finaliza padre Camilo.

Publicações recentes