Líder comunitária é assassinada no Amazonas

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Por Rosinha Martins| 14,08.2015| “Ele já tentou me matar três vezes, inclusive no último sábado (20), assim como outros moradores que não concordam com sua atitude”, disse,  pedindo socorro, no mês de junho passado, numa reunião na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM),  a presidente da Associação de Moradores de Portelinha, no Iranduba, região metropolitana de Manaus, a 27 km da capital amazonense,  Maria das Dores Salvador Priante ( a Dora), 54,  encontrada morta na manhã desta quinta, 13, no  ramal Santa Luzia, no km 52 da rodovia AM-070, próximo ao município de Manacapuru.

O sequestro

Dora foi sequestrada na última quarta,  na comunidade de Portelinha, no município de Iranduba – AM, por cinco homens, os quais segundo afirmação do marido de Dora, Gerson Priante, estavam ‘ de cara limpa’.

Priante foi encontrada pelas 6h de ontem, com  marcas de torturas no corpo, as mãos amarradas com uma braçadeira plástica e com treze tiros, sendo três na cabeça, um no pescoço, quatro no abdômen e cinco nos membros inferiores.

O conflito

Adson Dias da Silva, o ‘Pinguelão’ é o principal suspeito da morte de Dora. De acordo com informações da família, Pinguelão fazia ameaças constantes a Maria das Dores.

Segundo moradores da comunidade de Portelinha, Dora vinha denunciando na Assembleia Legislativa e em emissoras de TV, as vendas ilegais de terras da comunidade feitas por Pinguelão. Há dois anos ela teria sido agredida e ameaçada de morte. Foi quando Dora procurou a Secretaria de Segurança Pública, porque segundo ela, Adson Dias estaria cometendo crime federal uma vez que as terras pertenciam à União, do “Terra Legal”.

O esposo de Maria das Dores, Gerson Priante teme por si e pelos filhos e relatou ao jornal ‘A Crítica’ que  há seis meses  Pinguelão havia ameaçado bater na esposa com um pedaço de pau. Eles registraram queixa.

Ainda conforme informações de Gerson, Adson foi presidente da comunidade e os problemas começaram após a eleição de Dora para ocupar o cargo.

O fato lembra o caso da sindicalista Margarida Maria Alves, que por coincidência foi assassinada  no dia 12 de agosto de 1983, em Alagoa Grande (PB). Nos dias 11 e 12  últimos passados, 40 mil  mulheres foram às ruas de Brasília – DF, clamando por justiça  durante a “Marcha das Margaridas”, em memória à vítima. (Fonte: acrítica)

“É Jesus este pão de igualdade, viemos pra incomodar. Com a fé e a união nossos passos um dia vão chegar”.

 

 

 

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