Faleceu Padre Hilário Dick

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Padre Hilário Henrique Dick faleceu nesta terça feira,03, aos 82 anos. O Padre Jesuíta nasceu em Santa Cruz, Rio Grande do Sul e atualmente morava em São Leopoldo.

Em vida, Padre Hilário fez história como doutor em Literatura Brasileira, pesquisador do Instituto Humanitas, coordenador das primeiras edições do Curso de Pós-Graduação em Juventude – parceria entre o IPJ e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, um dos colunistas da Revista “PJ a Caminho” de responsabilidade do IPJ, atualmente substituída pela Revista “Redemoinho” de responsabilidade da Rede Brasileira de Institutos e Centros Juvenis. Um dos Idealizadores do IPJ – Instituto Pastoral da Juventude de Porto Alegre e organizador do CAJO (Curso de Assessores do extinto IPJ-PoA), Padre Hilário ainda publicou vários artigos e livros sobre o mundo juvenil.

 

Mais sobre Hilário Dick

 

Em setembro de 1968 aconteceu um encontro de jovens em Osório (RS), o qual marcou Hilário e fez com que no mesmo ano a convite de antigos alunos e do Padre Marocco, participasse de um encontro nacional de estudantes marianos, em São Paulo. No dia 27 de dezembro de 1969 teve sua ordenação sacerdotal.

Em 1981, D. Cláudio Hummes (encarregado da CNBB na época), à procura de alguém que pudesse fazer o serviço de assessoria à Conferência no setor juvenil, convidou Hilário para ir para Brasília fazer este trabalho onde ficou até 1983.

Padre Hilário entre tantas outras coisas, era conhecido por sua renúncia às vestes clericais, dando lugar a roupas simples e uma boina.

 

SENSIBILIDADE – Hilário Dick, sj 

 

Não tenho vergonha de confessar que estou sensível, muito sensível.As causas podem ser a idade que vivo (no caminho dos 78 anos), a forma como vi brasileiros se comportarem nas eleições deste ano (1º e 2º turnos), o suicídio de adolescentes perto do meu nariz, o tratamento brutal e selvagem que adolescentes recebem em muitos lugares, a conjuntura da morte de um colega meu, desde os anos de 1950, certa maneira como se deseja viver a afetividade por parte de meninos e meninas, moços e moças, 

a falta de encantamento pela vida da sociedade em geral, a incapacidade que os cristãos estão tendo de seduzirem para a vida e a justiça, a grosseria dos que não querem compreender que os pobres não são vagabundos, a falta de alegria que uma parte da sociedade sente em ver muitos pobres saírem da miséria e poderia prosseguir muito e por muito tempo esta ladainha tristonha das motivações de uma sensibilidade que vivo.

Acho que não minto se digo que tudo isso é indignação. Não me engano, contudo, porque dessa indignação brota igualmente muita poesia. Aliás, apesar de a profecia levar, muitas vezes, à morte, não há profecia que não seja poética.

Fonte: CAJUEIRO

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