Em Paris, REPAM é apresentada à Igreja francesa

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Paris (RV) – Prosseguem em Paris os trabalhos da COP21, o evento que deverá alcançar um acordo internacional sobre o clima, aplicável a todos os Países, com o objetivo de manter o aquecimento global abaixo dos 2°C.

195 Estados estão participando da convenção, além de representantes de Organizações não-Governamentais, ordens e congregações religiosas engajadas com a ecologia integral. Movimentos e entidades ligadas às Igrejas também estão na capital francesa e um deles é a Rede Eclesial Pan-amazônica, Repam, levando a Amazônia à pauta do encontro.

Nesta quinta-feira, (03/12), o Presidente da Repam, e o Secretário-executivo, Cardeal Cláudio Hummes e Mauricio Lopez, foram convidados a apresentar a Rede à Igreja francesa na sede do Comitê Católico contra a Fome e pelo Desenvolvimento, CCFD, entidade ligada à Conferência Episcopal francesa aonde o brasileiro Walter Prysthon é o responsável pela área América Latina. Ouça a reportagem completa:

“Foi uma iniciativa muito proveitosa, tivemos um representante da Rede Eclesial para a Bacia do Congo, Rebac, que nos falou do esforço que deu origem a esta Rede. A ideia foi justamente trocar experiências sobre como a Igreja, hoje, nos dois grandes pulmões do mundo, a Bacia do Congo e a Amazônia, está presente para dizer que ‘algo está acontecendo’. Algo de negativo, como a destruição dos recursos naturais, a poluição dos rios, poluição do ar, a destruição de culturas e povos, e denunciar isto. Por outro lado, ver que estes mesmos povos e a Igreja, comprometida com a esta realidade, estão apresentando alternativas para que a floresta continue de pé, continue sendo significado de vida e de cultura plural no mundo. A reunião teve estes dois eixos: denúncia e anúncio, com a presença iluminadora do Cardeal Cláudio Hummes, e serviu justamente para demonstrar a vários organismos da Igreja francesa (Caritas, CVx e outros presentes na reunião) o que a Repam está propondo na Amazônia e o que a Rebac está criando no seu contexto. Isto deve servir como exemplo para nós e nos comprometer a estarmos atentos a comunicar estes esforços. Para nós, a presença destes representantes da Amazônia e da Bacia do Congo servem para nos alertar, para abrirmos os olhos e o coração para o que está acontecendo nestas terras longínquas, com as quais nos sentimos comprometidos”.

“A Repam quis nascer como um esforço inclusivo; desde o início. Ficou dito claramente que as redes de solidariedade internacional não devem nos olhar de fora. “Queremos vocês conosco, trabalhando na outra selva, na floresta daqui, porque existe a consciência de que para mudar algo na Amazônia, temos que transformar na Europa e nos EUA, o nosso modo de consumo, o nosso modelo de nos relacionarmos com os demais. Então, a Repam está presente em nós, no CCFD e na Caritas França. Nós nos sentimos parte deste esforço e buscamos modestamente dar vida a esta realidade”.

“Um colega do CCFD que trabalha com a Região dos Grandes Lagos na África esteve aqui na reunião, e para ele, foi uma revelação. A prática da Igreja latino-americana, da Igreja amazônica, está contribuindo com a Igreja universal. Realmente, viu-se um fruto de esperança. Se nós conseguirmos transmitir uma parte de tudo o que se está movendo com a Igreja na Amazônia, sobretudo depois da Laudato si, nós sentimos que podemos ir mais longe na África também. Repam e Rebac estão também já iluminando a realidade da Ásia, aproveitando as presenças aqui na França para a participação na Cop21. Este é um momento muito fecundo, apesar das dificuldades que nós, como franceses, estamos experimentando aqui”.
(CM)

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