Por Nyzelle Dondé| Começou nesta segunda-feira (24), no Centro Cultural Missionário (CCM) em Brasília (DF), a 3º Semana Vocacional Missionária para animadoras e animadores vocacionais. A formação é promovida pelo CCM, em parceria com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Religiosa. A programação se estende até dia 28 de março e tem como objetivo qualificar os serviços de animação vocacional frente às mudanças socioculturais na sociedade e na Igreja no Brasil, pós Conferência de Aparecida. A perspectiva é construir uma cultura vocacional, como expressão de uma Igreja em permanente estado de missão.
Padre Estêvão Raschietti, sx, diretor do CCM apresentou o tema “Igreja em estado permanente de missão: contexto para construir cultura vocacional”. Raschietti salientou a importância da dimensão missionária e peregrina da Igreja como fundamento intrínseco do cumprimento da missão, nas expressões da saída, do êxodo e de caminho a ser percorrido. Uma missão que comunica vida plena nas diferentes situações. “Deus continua chamando, é Ele que faz a missão”, afirmou Raschietti.
Teologia e espiritualidade para uma cultura vocacional missionária Latino-americana será o tema desenvolvido nesta quarta-feira, 26, pelo padre Valdecir Ferreira, assessor da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. Irmã Nilza Fátima de Moraes, FMA, falará sobre os Caminhos e orientações pedagógicas para a Pastoral Vocacional Missionária. No último dia do curso, serão traçadas propostas concretas de ação para o trabalho vocacional missionário aplicadas à realidade de cada participante.
Na opinião do frei Maurício dos Anjos, OFM Cap, que participa da formação, a Igreja em estado permanente de missão auxilia na construção da cultura vocacional. “A 3ª Semana Vocacional Missionária me fez tomar consciência de que como animador vocacional tenho que ter a pessoa de Jesus Cristo como centralidade da minha missão e deixar revelar seu amor e seu modo de ser através de minha atitudes e gestos. Nossa vida tem que ser atraente e assim sermos protagonistas do amor de Deus em nosso carisma congregacional”, complementa.
No segundo dia de encontro a Irmã Roziana Abílio Freire, FMA se sentiu provocada. “Pergunto-me de fato se queremos criar uma cultura vocacional, que exige de nós mudança de mentalidade e metodologia, ou se buscamos apensa solucionar a crise de vocações em nossas instituições. Esta provocação levo para a minha realidade com o desejo de resignificar nossa animação vocacional na certeza de que a vocação é Dom de Deus”, afirma a religiosa.
Participam do curso mais de 50 pessoas oriundas dos diversos lugares do Brasil, entre padres, religiosas, religiosos e leigos.
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