Por Rosinha Martins| 25.013.14| A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) Nacional, realizou nesta terça, 25, a sua Assembleia Geral Ordinária. O evento, que aconteceu no Centro Cultural de Brasília (CCB), contou com a participação de assessores regionais e nacionais, coordenadores regionais, superiores maiores e delegados das Instituições Membros da Conferência.
Na abertura dos trabalhos, um momento de oração liderado pelo Irmão Paulo Petry, presidente da CRB, destacou os 60 anos da Conferência e fez memória da atuação missionária e profética da vida religiosa do Brasil.
O presidente da Assembleia, padre Carlos Alberto da Costa Silva, scj, coordenador da Regional de Recife fez a abertura do evento. “A Assembleia da CRB é expressão, não apenas jurídica, mas sobretudo sinal de comunhão entre os religiosos e religiosas”, destacou padre Carlos. Fazendo menção às palavras do Papa Francisco disse que, “como Instituição que congrega e acolhe, a CRB está de portas abertas, pois é quando as portas estão abertas que o Senhor Jesus entra, reparte o pão e a fraternidade acontece”.
Dr. Hugo Sarubi Cysneiros, assessor jurídico da CRB Nacional, refletiu sobre as Organizações Religiosas: os obstáculos, as leis que a jurisprudência aponta como opção possível, válida, legal e que segundo ele precisa ser visto com mais atenção pelos Irmãos e Irmãs. “Muitas vezes os Religiosos e Religiosas ficam preocupados com as associações, ou seja, a obra propriamente dita e se esquecem que o Brasil reconhece as organizações religiosas, bem como pessoas jurídicas existentes e que estas devem ser organizadas como são canonicamente”, disse.
Mediação de Conflitos foi o tema refletido pelo Secretário Executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz, o professor Daniel Seidel. O assessor ressaltou que é preciso desmistificar o conceito de conflito, pois o que torna o conflito bom ou ruim é a forma como ele é administrado. “Tudo o que fazemos passa pelo conflito, mas a forma de como lidamos com eles é que faz a diferença”. Acrescentou ainda que a escassez de tempo impede o ser humano trabalhar de forma adequada com os conflitos e os sentimentos que deles emergem. Os sentimentos, quando não expressados da melhor maneira, podem repercutir no corpo como doenças psicossomáticas, tão comuns nos dias de hoje. “Uma vida saudável depende também da capacidade de comunicar-se e resolver de forma madura os conflitos”, afirmou.
Ainda, de acordo com o assessor, pais tendem a tornar os filhos meninões que não são capazes de resolver conflitos por causa da super proteção destes. Da mesma maneira, religiosos e religiosas muito protegidos, não conseguirão lidar com os conflitos de maneira saudável.
Durante os trabalhos, o presidente, Irmão Paulo Petry, chamou a atenção dos Superiores para a realidade da CRB Nacional no que diz respeito ao quadro de assessores e sugeriu que os mesmos indicassem pessoas aptas para, quando necessário, assumir assessorias na CRB Nacional. O presidente fez ainda um apelo para que os religiosos disponibilizem alguém para o setor Juventudes da CRB Nacional. Na sequência, Irmão Paulo lembrou das atividades da CRB no triênio e destacou as atividades elaboradas pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica do Vaticano, em vista do Ano da Vida Consagrada a ser celebrado em 2015.
Outro momento importante foi a aprovação, por unanimidade do relatório financeiro da Conferência.
Uma breve oração encerrou os trabalhos. As atividades da CRB continuam até o dia 27 com o encontro entre os coordenadores/as e assessoras regionais.