CAM 4-Comla 9: “Não podemos abandonar a missão ad gentes”, afirma teólogo

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Por Jaime C. Patias| 28.11.13| Uma oração animada pela delegação do Brasil abriu, na manhã desta quinta-feira, 28, os trabalhos do 4º Congresso Americano Missionário (CAM 4-Comla 9), que acontece em Maracaibo (Venezuela). Na sequência, o padre salesiano, Raúl Biord Castillo, refletiu sobre a urgência da Missão nos âmbitos da nova evangelização e da missão ad gentes, tema da terceira conferência.

“Qual o significado de nova evangelização? Que relação tem com a missão? De agora em diante tudo é nova evangelização? Como fica a missão ad gentes? Por que a nova evangelização é nova se proclama a Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e sempre (Heb 13:8)?” Em base a essas perguntas o teólogo percorreu a história da missão destacando os principais documentos da Igreja sobre o tema.

Após lembrar que “a Igreja é missionária por essência”, padre Raúl afirmou que, ao mesmo tempo, ela parece não ter bem clara a sua visão de missão.

Para explicar os diferentes contextos de missão, padre Raúl retomou a Encíclica Redemptoris Missio de João Paulo II (1990) que distingue três situações: “missão ad gentes entre povos, grupos humanos e contextos socioculturais onde Cristo não é conhecido ou onde faltam comunidades cristãs suficientemente maduras; ação pastoral ordinária nas comunidades cristãs com estruturas eclesiais adequadas e sólidas, com grande fervor de fé e vida, testemunho e compromisso; nova evangelização para situações intermediárias, ou seja, entre grupos inteiros de batizados que perderam o sentido vivo da fé com uma existência longe de Cristo (RM 33)”. No entanto, o conferencista destacou a dificuldade para distinguir com clareza os limites entre essas três situações.

“Na aldeia global, sem fronteiras e nas múltiplas identidades virtuais do ciberespaço é impossível pensar que os grupos humanos sejam homogêneos e artilhem a mesma situação. Por isso, cuidado pastoral dos fiéis, nova evangelização e atividade missionária específica se auto-implicam conservando sua própria especificidade”, disse. “A interdependência entre essas ações permite que cada uma influencia a outro, estimula, enriquece e ajuda. Acontece uma circularidade entre a missão ad intra da Igreja e a missão ad extra, entre o ‘inter gentes’ e o ‘ad gentes’”, completou.

Para padre Raúl contudo, não podemos abandonar a missão ad gentes como “tarefa primordial da Igreja. Sem a missão ad gentes, a mesma dimensão missionária da Igreja ficaria privada do seu significado fundamental”, concluiu.

Na parte da tarde os congressistas aprofundam as reflexões em 22 fóruns temáticos organizados nas salas do Palácio de Eventos em Maracaíbo. As atividades do CAM 4 – Comla 9 se estendem até domingo, 1º de dezembro.

Fonte: POM

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