Portal

Bem-aventurada Assunta Marchetti continua realizando milagres no Sul do Brasil

Compartilhe nas redes sociais

Facebook
WhatsApp
X
Telegram

Por Rosinha Martins | 29.06.2015| O Hospital Mãe de Deus de Porto Alegre- RS, das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo-Scalabrinianas tem se tornado  lugar privilegiado de curas por  intercessão constante das religiosas e pacientes  à bem-aventurada  Assunta Marchetti, cuja memória litúrgica se celebra nesta quarta, 1º de julho. 

O milagre que encaminha Assunta Marchetti para as honras dos altares aconteceu no Hospital Mãe de Deus há 21 anos atrás, após as religiosas  e  a família do engenheiro e ex-funcionário da Odebrecht, Eraclides Teixeira Filho, ter pedido a intercessão  da serva de Deus, para que saisse sem sequelas de uma parada cardíaca considerada importante para a medicina.

“O senhor Eraclides era obeso, tórax grande, o que dificultava  o procedimento cirúrgico.  Tirei a safena da perna para reanimá-lo. Para a nossa alegria não teve nenhuma infecção, a reanimação foi sem sequelas e  a ponte safena sem intercorrências”, relatou o secretário da Sociedade Brasileira de cirurgia vascular e cirurgião vascular, doutor Renan Onzi, que há 31 anos trabalha no Mãe de Deus.

Onzi  enfatizou, que  aquele tempo de parada cardíaca de quase 45 minutos,  e com ausência de sequela é algo significativo para a medicina, o que do ponto de vista da fé, se chamará de um grande milagre. “Eraclides viveu cerca de 20 anos, muito bem, com qualidade de vida normal”, concluiu.

Paralelamente ao trabalho dos médicos, narram as Irmãs Sônia Pegoraro e Jacira Onzi, que  “Irmã Gema Lucion, mscs, que atuava na pastoral hospitalar se dirigiu até a  capela, colocou  o santinho de Madre Assunta no  Sacrário e disse a ela que intercedesse a Deus pois Eraclides não poderia morrer.  E a família do doente, também, passou a pedir a intercessão da beata.

Ao ser questionado se de fato a medicina considera milagre casos como o do senhor Eraclides, Onzi disse que ‘a medicina não entra nesta ceara’, porém enfatizou: “A fé, com certeza ajuda a ciência, está evidente e existem trabalhos científicos  que provam que ela (a fé),   ajuda muito na recuperação das pessoas  depois de um pós-operatório e isso não é uma questão de opinião é uma questão cientifica em relação a fé e recuperação”.

“Com certeza, a minha recuperação teve a intervenção de Madre Assunta”, diz praticante de canionismo

Juliano Romancini, 43, é natural de Pato Branco – SC,   empresário varejista em São Miguel D’Oeste, cooperativista de uma cooperativa de crédito e facilitador de uma empresa de treinamentos vivenciais ao ar livre. Após a graça recebida no Hospital Mãe de Deus pela intercessão de Madre Assunta, Juliano, hoje dá palestras e testemunha sobre o acontecido: o acidente e a cura.

Juliano é praticante de canionismo ( descidas esportivas de cânions de rios) e o acidente que quase o levou a morte, aconteceu em Maquiné, norte do Rio Grande do Sul. Ele conta que uma pedra se desprendeu do cânion e caiu sobre seu quadril, causando fratura da bacia. “Primeiro fiquei no hospital local e depois fui encaminhado para o Mãe de Deus, em Porto Alegre, onde fiquei 72 dias, 33 destes em coma”, conta.

Romancini confirma  a intervenção de Madre Assunta para a sua cura.  “Fui melhorando porque a minha família e a Dani ( atualmente esposa), junto com as Irmãs pediam Madre Assunta que intercedesse por mim”. E acrescenta: “Ainda bem que vim parar neste hospital, no qual todos rezam a ela  porque senão não escaparia e acredito que houve a intervenção da beata.

“Irmã sonia nos apresentou Madre Assunta quando nos conhecemos na UTI. Estávamos sempre na capela do hospital rezando, pois tínhamos um grupo de oração. Com certeza foi uma graça da Madre Assunta, a qual sinto que foi ela que nos alcançou”, reafirmou  Daniela, que na época namorava Juliano.  Ele conta, também,  que foi ali no leito do hospital que ele a pediu em casamento. “Quando acordei do coma, escrevi, perguntando se ela queria se casar comigo e um ano e meio depois nos casamos”.

Juliano deixa uma mensagem para os leitores desta matéria. “Quando plantamos o bem colhemos o bem. Na minha vida sempre procurei fazer coisas boas. Hoje dou palestras sobre a minha história. O meu equilíbrio físico mental, espiritual ficou mais elevado.

“Saí do hospital mais amoroso, por causa de Madre Assunta”, diz Rafael

Rafael da Silva Malta, 24, natural de Porto Alegre, passou pelo hospital aos 22 anos, em 2012, para tratar de uma doença crônica do intestino. “Tudo mudou  quando minha família começou a rezar a oração de Madre Assunta e comecei a me sentir melhor. A expressão “aflitos”, contida  na oração caia muito bem para mim pois era como eu me sentia. Hoje, dois anos depois tenho um chaveiro da Madre Assunta no meu carro e  me tornei devoto. Não sinto mais nada e estou muito bem”.

Segundo Rafael, a sua vida mudou bastante, pois antes do milagre, se sentia uma pessoa fria, preocupada com o trabalho e o estudo. “Saí daqui  mais amoroso por causa da Madre Assunta, da Irmã Sônia, dos pais, de toda a atmosfera que envolveu aquela fase da minha vida.  Saí daqui um homem diferente”, confessa.

Para os jovens da sua idade Rafael deixa um recado. “Nem todos precisam passar por isso para aprender algumas coisas. Não que eu fosse um mal filho. Agradeça sempre  por tudo o que você tem, a vida é um bem muito grande. Se puder faça o bem, ajude o outros, o próximo”, exorta.

A assistente religiosa do Hospital Mãe de Deus, a missionária scalabriniana, Irmã Sônia Pegoraro fala sobre essa presença atuante da bem-aventurada Assunta Marchetti no ambiente hospitalar e exalta suas virtudes. “Vejo em Madre Assunta uma pessoa agraciada por Deus pela sua simplicidade, humildade, mansidão,  pela sua maneira de ser e sobretudo pela  nobreza de coração. Encontrava toda sua força no encontro com Jesus através da oração”.

Irmã Sônia afirma que a bem-aventurada Assunta está presente em vários locais do hospital Mãe de Deus através de banners, santinhos e da  devoção dos pacientes, das Irmãs e familiares. “Conseguimos transmitir aos pacientes e suas famílias,  um pouco de sua vida e o que o milagre de sua beatificação aconteceu aqui.  Isto é de suma importância e credibilidade”, garante.

No próximo dia 1º de julho, quando a Igreja faz memória da bem-aventurada Assunta Marchetti, além das celebrações realizadas pelas  Missionárias Scalabrinianas, em 33 países, o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer presidirá uma Eucaristia na Paróquia São Carlos Borromeo, na Vida Prudente, onde Madre Assunta cuidou por muito tempo dos órfãos e órfãs filhas de imigrantes e veio a falecer, sem jamais retornar à sua terra natal, a Itália.

Entrevista realizada no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre- RS de 28 a 30 de outubro de 2014 pela jornalista e scalabriniana, Rosinha Martins. Imagens e entrevista de Rosinha Martins. 

Publicações recentes