“A melhor promoção vocacional é mostrar que gostamos do que somos e amamos o que fazemos”

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Por Jaime C. Patias| 22.01.14| Foi o que afirmou dom Jaime Splenger, arcebispo de Porto Alegre (RS) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, em missa celebrada na manhã desta quarta-feira, dia 22, durante o 2º Seminário sobre Formação Presbiteral, que acontece em Aparecida (SP).

Ao refletir sobre os desafios na formação em tempos de mudança de época, dom Jaime identifica situações difíceis também nos seminários. “Temos o fenômeno que os pensadores denominaram niilismo” (um pessimismo – negação de todos os princípios religiosos, políticos e sociais), observou o bispo. Na formação, existem ainda as interferências de fora. “Muitas vezes quem está na formação, em espírito de obediências é criticado por quem está fora e que sabe o que devemos fazer, mas não quer fazer o que precisamos fazer nos nossos seminários. São as interferências. Por vezes, nós também pensamos estarmos sozinhos. Estamos onde estamos na obediência ao bispo, ao presbitério”, disse referindo-se aos formadores.

Dom Jaime observou ainda que, na formação existem jovens bem dispostos e ao mesmo tempo jovens complexos. “Em muitos jovens há uma bonita disposição para o discernimento. Mas é verdade que, por vezes, encontramos também jovens frágeis, confusos, contraditórios e divididos e às vezes secos. E nos perguntamos: será que vale a pena tentar salvar ou deixar morrer na sua contradição? Essa situação, a encontramos também em nossos presbitérios”, complementou. “Contudo, as fraquezas não são impedimentos no seguimento do Senhor. A fragilidade somente se torna um impedimento quando não é assumida, reconhecida e trabalhada. Essas pessoas, quando se deixam trabalhar podem se tornar homens vigorosos”, argumentou.

Outra preocupação é com relação ao número de vocacionados. “Pensa-se que isso é tarefa do bispo ou do promotor vocacional, mas se cada padre lá onde estiver se tornar um promotor vocacional, a situação mudaria. A melhor promoção vocacional é mostrar que gostamos do que somos e amamos o que fazemos. Se cada padre a cada cinco anos ou pelo menos a cada dez anos, se preocupasse de enviar um jovem para o seminário, o problema vocacional estaria resolvido”, finalizou dom Jaime.

As atividades do 2º Seminário sobre Formação Presbiteral iniciaram na segunda-feira, dia 20 e se estendem até sábado, dia 25.

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Veja imagens do Seminário 

Assessoria de Comunicação do Seminário

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