Haiti: violência e instabilidade preocupam comunidades religiosas

Compartilhe nas redes sociais

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no telegram
Telegram

Por Assessoria de Imprensa| 16.03.2015| Segundo o último relatório da Conferência Haitiana de Religiosos (CHR) sobre a violência verificada contra institutos religiosos no Haiti, 25 casas e centros de religiosos sofreram assaltos, com agressões e furtos violentos. Como sublinha o relatório, atualmente uma religiosa Morfortana está em estado de coma no Hospital de St. Raphael.

A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), em parceria com a CNBB e com o apoio da Cáritas mantém há cinco anos, naquele país, um Projeto missionário em três frentes:economia solidária, formação e saúde. Atualmente trabalham no Projeto seis religiosas brasileiras de diferentes congregações. Em mensagem enviada à CRB Nacional, as missionárias relataram. “Nas últimas semanas a Vida Religiosa feminina tem sido alvo de constantes assaltos. Mais de 30 comunidades já foram vítimas. Agora os bandidos estão entrando nas casas dos religiosos e sacerdotes. A nossa vida também está exposta a estes perigos. O medo está se espalhando nas comunidades religiosas”.

Diante da situação, a Conferência Latino-americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR) deve encaminhar às Forças de paz da ONU no país, um pedido por maior segurança para as casas religiosos.

A Conferência Episcopal de Haiti (CEH) organizou 24 horas de oração contínua, no dia 13 de março. “É um gesto de compaixão, profunda comoção e solidariedade ativa com os religiosos e as outras vítimas de agressões e violência”, disse o cardeal Chibly Langlois, bispo de Les Cayes.

Os fiéis rezam também pela delicada fase política e social vivida no país: as votações para eleger dois terços do Senado e da Câmera dos deputados serão no dia 9 de agosto, enquanto o voto para as presidenciais e administrativas será em 25 de outubro, como comunicou o governo de Haiti após os vários adiamentos que causaram protestos dos cidadãos durante vários meses. A instabilidade política e social causou um aumento do custo de vida, levando milhares de cidadãos a manifestar contra o governo.

Segundo a Constituição, o presidente Michel Martelly não poderá se apresentar para um novo mandato. A oposição continua a acusá-lo de abuso de poder por ter deixado expirar o mandato do Parlamento, dissolvido em janeiro de 2015, com a intenção de governar o país por meio de decretos presidenciais.

Com informações da Agência Fides e CRB Nacional

Publicações recentes