O que é o Jubileu?

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O Jubileu, também conhecido como Ano Santo, é um período especial na tradição cristã, marcado pela busca de restauração espiritual, reconciliação e renovação da fé. Suas raízes estão no Antigo Testamento, com o conceito do ano jubilar descrito no livro de Levítico (25,8-13), onde, a cada 50 anos, celebrava-se um tempo dedicado à remissão de dívidas, ao repouso da terra e ao restabelecimento da justiça nas relações humanas e com Deus.

Citando o profeta Isaías, o evangelho segundo Lucas descreve desta forma também a missão de Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19; cf. Is 61,1-2). Esse anúncio trouxe um convite à liberação e à conversão, ações que se tornaram centrais em seu ensinamento e prática cotidiana.

Na história da Igreja, o Jubileu foi oficialmente instituído por Bonifácio VIII no ano de 1300, com o objetivo de proporcionar um tempo de experiência profunda da santidade de Deus. Inicialmente realizada a cada 100 anos, sua frequência foi ajustada ao longo dos séculos, até se estabelecer em 25 anos, com possibilidade de jubileus extraordinários, como o Ano da Misericórdia proclamado pelo Papa Francisco em 2015.

Um dos elementos do Jubileu é a Porta Santa, cuja abertura aconteceu no último dia 24 de dezembro pelo Papa marca oficialmente o início do Ano Santo.

Ao cruzar a Porta Santa, os fiéis evocam as palavras de Jesus no Evangelho de João: “Eu sou a porta: se alguém entrar através de mim, ele será salvo” (Jo 10,9). Este ato simboliza a decisão de seguir a Cristo, o Bom Pastor, e adentrar na comunhão com a Igreja.

Além disso, a Porta Santa conduz ao espaço sagrado da Igreja, lugar de reconciliação, paz e comunhão. Em Roma, essa experiência ganha um significado especial ao conectar os peregrinos à memória dos apóstolos Pedro e Paulo, cujos túmulos e testemunhos continuam a inspirar a Igreja universal.

Assim, o Jubileu e a simbologia da Porta Santa transcendem os gestos externos, oferecendo aos cristãos um tempo privilegiado para a renovação espiritual, o fortalecimento da fé e a vivência concreta da misericórdia divina.

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