Na última quinta-feira, dia 26, a Província Eclesiástica de Maringá, composta pela Arquidiocese de Maringá e pelas dioceses de Umuarama, Paranavaí e Campo Mourão, promoveu uma live abordando o tema Cultura do Cuidado, Proteção e Prevenção contra Abusos a Crianças, Adolescentes e Vulneráveis.
O evento contou com a participação da Dra. Eliane Freire Rodrigues de Souza De Carli, coordenadora do Núcleo Lux Mundi da Conferência dos Religiosos do Brasil, de Dom Frei Severino Clasen, Arcebispo de Maringá, de Dom João Mamede, Bispo da Diocese de Umuarama, de Dom Mário Spaki, Bispo da Diocese de Paranavaí, e da terapeuta ocupacional Fabiane Ardenghi, mestranda em Bioética pela PUC-PR e especializada em neurociências e comportamento.
O propósito da transmissão foi introduzir o tema com base nos documentos da Igreja, os quais desde 2019 têm abordado de forma mais frequente a necessidade de medidas eficazes para prevenir abusos no âmbito eclesial.
A Dra. Eliane De Carli esclareceu sobre o documento do Papa Francisco, intitulado ‘Vos estis lux mundi’, o qual enfatiza a importância de ações concretas e efetivas para evitar tais abusos dentro da comunidade eclesial. Ela acrescentou ainda que o Papa espera a implementação de medidas preventivas para proteger crianças, adolescentes e adultos vulneráveis, assegurando ambientes seguros. Como afirmou a doutora Eliane De Carli: “É imperativo que cuidemos e cultivemos a vida dos pequenos.”
Em seguida, o Arcebispo Dom Frei Severino destacou que a Província de Maringá está plenamente comprometida com essa iniciativa, pronta para acelerar, perseverar e fortalecer todo o processo de cuidado para com as crianças, adolescentes e adultos vulneráveis. “Devemos internalizar a essência do evangelho, que é zelar pelos mais frágeis, pelos pequenos e pelos desamparados. Portanto, é de suma importância que todos nós tenhamos essa preocupação e que, juntos, saibamos proteger e nutrir a vida dos pequeninos.”
Para Dom João Mamede, Bispo da Diocese de Umuarama, a cultura do cuidado possui um papel vital no âmbito eclesial. Ele sublinhou: “Assim como, ao sofrermos ou provocarmos uma colisão no trânsito, passamos a dirigir com mais cautela, parece que nossos sentidos, antes adormecidos, de repente despertam. Isso evidencia o quão frequentemente vivemos de forma ‘desligada e negligente’. Quantas nuances e detalhes, especialmente no tratamento com crianças, passam despercebidos. Que maravilhoso é caminhar em direção a um mundo sem grosserias, sem agressões, repleto de cuidado e gentileza.”
A terapeuta ocupacional, Fabiane Ardenghi, salientou a importância de trabalhar com crianças, adolescentes e adultos vulneráveis com base em Normas de Conduta para Proteção. Ela ressaltou a necessidade de observar as competências das pessoas envolvidas na formação desse público, como a capacidade de escuta, empatia, assertividade e gestão. “Devemos estar conscientes do que estamos fazendo ao formar esse grupo. Por isso, é fundamental considerar critérios básicos que garantam os direitos fundamentais e a proteção integral. Recomenda-se, portanto, possuir conhecimentos em primeiros socorros, realizar reuniões com os pais e/ou responsáveis para apresentar as atividades desenvolvidas, e obter autorizações formais e prévias para abordar os temas, seja na catequese ou em outra pastoral.”
Confira a live abaixo:
Matéria elaborada com base nas informações de Marcela Miranda Egito e fotografias cedidas pela mesma
