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Movimentos Populares se reúnem no Vaticano para terceira edição

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Cidade do Vaticano (RV) – Realizou-se na sexta-feira (28/10), na Sala de Imprensa da Santa Sé, a coletiva de apresentação do III Encontro Mundial dos Movimentos Populares, que terá lugar no Vaticano de 2 a 5 de novembro e será coroado com uma audiência com o Papa Francisco.

Presidiram a coletiva de imprensa Dom Silvano Maria Tomasi, Secretário-delegado do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, e Juan Grabois, consultor do mesmo organismo e cofundador do Movimento dos Trabalhadores Excluídos e da Confederação da Economia Popular.

Os Encontros Mundiais dos Movimentos Populares são um projeto lançado pelo Papa para dar voz aos que trabalham com as populações carentes do planeta. O evento reunirá cerca de uma centena de Movimentos e Organizações populares do mundo inteiro, além de dezenas de Bispos e agentes de vários órgãos da Igreja Católica.

Na coletiva, Dom Tomasi realçou a intenção do Papa em “sensibilizar as pessoas sobre a situação dos que vivem nas periferias da sociedade”. “Francisco – recordou – fala de um sistema político para integrar os excluídos, mas demonstra também a mesma sensibilidade para com tais questões, como as que acompanhava quando percorria as ruas de Buenos Aires”.

Por sua vez, Juan Grabois, responsável do Comitê organizador do Encontro, explicou que “esta terceira edição pretende ajudar a “definir propostas de ação” no campo social: o primeiro encontro, em 2014, no Vaticano, era mais orientado ao conhecimento da realidade; o segundo, em 2015, na Bolívia, apostou na reflexão acerca dos desafios que preocupam os movimentos populares.

Para o responsável do Comitê, reunir os Movimentos Populares mundiais foi a forma escolhida pelo Papa para “trazer à tona da mídia mundial uma realidade que sofre em silêncio”. “Temos uma quantidade enorme de Organizações, que trabalham com os mais pobres, que não se resignam com a miséria em que muitos vivem”.

Juan Grabois frisou, por fim, a urgência de “os pobres deixarem de ser vítimas de políticas sociais definidas, sem a sua participação, para se tornar protagonistas de um processo de mudança, que lhes permite o acesso aos direitos mais sagrados como a terra, teto e trabalho”.

Movimentos brasileiros

Do Brasil, participam integrantes dos seguintes movimentos: Conselho de Entidades Negras (Conem), Central dos Movimentos Populares (CMP) , Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), União Nacional Por Moradia Popular (UNMP).

(MT/Ecclesia)

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