Por Assessoria de Imprensa| 14.12.14| Com a celebração da festa de Nossa Senhora de Guadalupe, dia 12, encerrou a 112ª edição do Curso de Iniciação à Missão no Brasil do Centro de Formação Intercultural (Cenfi). Organizado pelo Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília (DF), o curso tem a duração de três meses e serve para iniciar missionários estrangeiros à missão no Brasil, enviados por congregações, dioceses, entidades ou organizações.
Participaram desta edição, 24 missionárias e missionários vindos de 13 países: Indonésia, Índia, Coreia do Sul, Vietnã, Chade, República Democrática do Congo, Haiti, Colômbia, Equador, Argentina, Chile, México e Polônia. A programação incluiu quatro áreas integradas: ensino sistemático da língua portuguesa; estágio nas casas de famílias para conhecer a realidade local; estudo da sociedade e da Igreja no Brasil; e troca de experiências entre os participantes, a partir da vida em comum.
Na celebração de encerramento, o secretário executivo do CCM, padre Estêvão Raschietti, SX, ressaltou a importância da cena do encontro entre Maria e Isabel para os missionários que, terminado o curso, começam a missão Brasil afora. “Maria que visita Isabel faz a primeira procissão de Corpus Christi da história. Os missionários são chamados a fazer o mesmo: partir às pressas e levar Jesus aos outros, aquele Jesus que já vive neles”, afirmou e recomendou. “Ao se aproximar das pessoas, façam uma simples saudação. Isso é mais do que suficiente para gerar muita alegria. Com isso, vocês dirão ao outro que ele é importante, é importante para Deus!”
Na avaliação, os participantes destacaram o profundo significado desta iniciação à missão no Brasil, evidenciando particularmente a aprendizagem da língua portuguesa e a convivência entre diferentes culturas.
Padre Daniel Francis Xavier, veio da Índia e disse que chegou ao CCM sem saber muita coisa sobre o Brasil. “Depois de três meses, sinto que o tempo vivido no Cenfi lançou bases para a minha missão. Além disso, o curso me deu a oportunidade de conhecer outras culturas, outras mentalidades, jeitos de ser, num belo espírito de comunidade e convivência”.
Para a Irmã equatoriana, Rosa Cecilia Maldonado Torres, o curso foi ótimo. “Fiquei contente porque estou um pouco mais segura em falar o português. Aprendi também, um pouco mais a conviver com diferentes culturas”. Segundo a religiosa, “a convivência com os companheiros e as companheiras do grupo do Cenfi foi um ‘kairós’, tempo de graça, um lugar de paz, acolhida, oração, integração, aprendizagem e festa”, acrescentou.
Irmã Joana Heui Young An é coreana e foi enviada ao Pará. Ela afirmou que ganhou coragem para a vida missionária no Brasil. “Embora não possa falar bem o português, aprendi muito. As professoras ajudaram muito e o pessoal da casa foi muito amável, nos ajudaram com bastante consideração”.
Irmã Eugénie Ndedjeallah, que é natural do Chade escreveu: “Acho o CCM um lugar muito interessante. O serviço que oferece à Igreja é de grande valor. Aqui recebi as noções básicas para a minha missão no Brasil. Nunca esquecerei. No começo tive um pouco de temor em me integrar na vida de um grupo com tantas diversidades culturais. Agora vejo que o mais importante é aprender com os outros e com suas diferenças. Vou sentir saudades!”.
Enfim, o seminarista Romain Cubaka, da República Democrática do Congo ressaltou o processo de aprendizagem. “Descobri que tenho muito a aprender, que tenho que me colocar com muita humildade a escutar os outros, a respeitar a cultura e a reconhecer muitos valores nela”.
A equipe de coordenação do CCM avaliou como muito positiva a caminhada do Cenfi 112, e só tem palavras de agradecimentos. “Esses missionários e missionárias souberam, com muita maturidade, paciência e excelentes relações entre eles realizar um processo bem sucedido de aculturação, mergulhando no mundo sociocultural do Brasil e na caminhada da Igreja, partilhando as riquezas de sua identidade cristã e cultural”.
Comunicação do CCM.
