MISSA PELO DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO E REFLEXÃO CONTRA O TRÁFICO DE PESSOAS

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Porto Alegre vai participar da Jornada Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas. O evento é convocação do Papa Francisco para a Igreja Católica. Na capital gaúcha, será celebrada uma Missa na sexta-feira (07), às 16h, na Igreja do Rosário, presidida por Dom Adilson Busin, bispo integrante da Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

A jornada de Porto Alegre é organizada pela Rede Um Grito pela Vida, da Conferência dos Religiosos do Brasil. O grupo reúne diversas congregações religiosas e grupos sociais que defendem a causa da erradicação do Tráfico. Além disso, conta com o apoio do regional gaúcho da CNBB. O objetivo é o de rezar, conscientizar e pedir políticas públicas para a erradicação desse crime que o Papa chamou de “fenômeno global” e “chaga vergonhosa”.

De acordo a Irmã Maria Bernardete Macarini, religiosa da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria e secretária nacional da Rede Um Grito Pela Vida, a jornada celebra a memória de Santa Josefina Bakhita (1869-1947), sudanesa, primeira santa da África, canonizada no ano 2000. Em vida, Bakhita foi traficada para fins de trabalho doméstico.

“Santa Bakhita também foi escrava, vendida e que sofreu na pele a dor do tráfico humano, da exploração e da violência. Ela, quando adulta, se tornou religiosa. O Papa Francisco instituiu o dia 08 de fevereiro como dia mundial de oração contra o tráfico de pessoas em homenagem a ela, que também é a padroeira das vítimas desse tipo de crime” disse a secretária nacional.

Irmã Bernardete afirma que este é um crime muito presente na sociedade. As vítimas, de crianças a adultos, em sua maioria, são pessoas pobres, especialmente adolescentes e mulheres. Atraídas por proposta de emprego e ganhos volumosos, acabam sendo abusadas ou exploradas sexualmente. O tráfico humano também acontece para fins de trabalho doméstico, trabalho escravo no campo ou na cidade, tráfico de drogas, adoção ilegal e venda de órgãos.

A religiosa aponta que há rotas 28 rotas de tráfico humano no Rio Grande do Sul, sobretudo na região de fronteira, porém, este dado é extraoficial. Não há estatísticas oficiais sobre o número de rotas, vítimas e encaminhamento por parte do estado, que possui em sua estrutura o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, o NETP/RS.

“O trabalho da Rede Um Grito Pela Vida é o de conscientização, de mobilização e prevenção. No momento em que identificamos alguns casos, o caminho é repassar para o NEPT, que é quem tem autoridade para tal. Entretanto, com as sucessivas mudanças de governo, estamos sempre refazendo as ações, o que dificulta o trabalho de identificar as rotas com precisão e de encaminhar as pessoas.” pontuou.

Irmã Bernardete afirmou ainda que a conscientização da sociedade ainda é o melhor caminho para erradicar o tráfico:

“Como afirma o propósito da jornada, somos chamados a acender uma luz contra o tráfico de pessoas e permanecer em vigília constante” concluiu.

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