Migrantes menores, vulneráveis e sem voz

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Domingo, 15, a Igreja celebrou o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, sobre o tema “Migrantes menores, vulneráveis e sem voz”. Na sua mensagem para esta ocasião, o Papa Francisco convidou a comunidade cristã e toda a sociedade civil, a oferecer respostas para o drama de milhões de crianças e meninos, muitas vezes não acompanhados no fluxo global das migrações, e que fogem da guerra, a violência, a pobreza e as catástrofes naturais.

Falou com muita clareza Jesus: “Quem acolhe um sós destes pequenos em meu nome, acolhe a Mim”, e também acrescentou: “Quem escandalizar um destes pequeninos que acreditam em mim, é melhor … que seja lançado no fundo do mar”. Palavras de advertência, sublinha Francisco, para “gente sem escrúpulos”, que explora meninas e meninos “envolvidos na prostituição ou tomados nos ciclos da pornografia, feitos escravos do trabalho infantil ou alistados como soldados, envolvidos no tráfico de drogas e outras formas de delinquência, forçados a fugir de conflitos e perseguições, correndo o risco de se encontrarem sozinhos e abandonados. “Por isso faço questão, escreve o Papa, “de chamar a atenção para a realidade dos migrantes menores, especialmente aqueles que se encontram sozinhos, exortando todos a cuidar das crianças que são três vezes mais indefesas, porque menores, porque estrangeiras e porque inermes quando, por várias razões, são forçadas a viver longe da sua terra de origem e separadas doa afectos da família”.

Como responder a esta realidade? “Focalizar na protecção, na integração e em soluções duradouras”, sugere Francisco. Antes de tudo proteger, intervindo “com maior rigor e eficácia” contra os “aproveitadores” para parar “as múltiplas formas de escravidão das quais são vítimas os menores”. Em seguida, intensificar a colaboração entre os migrantes e as comunidades que os acolhem, criando “redes capazes de assegurar intervenções rápidas e capilares”.

Para a integração são indispensáveis “recursos financeiros” para “adequadas políticas de acolhimento, assistência e inclusão”. “Em vez de favorecer a inserção” dos menores migrantes ou “programas de devolução segura e assistida”, denuncia o Papa, impede-se o seu ingresso, favorecendo a utilização de redes ilegais, ou se devolvem ao País de origem, sem assegurar-se de que isso é do seu interesse. “O direito dos Estados de gerir os fluxos migratórios e salvaguardar o bem comum nacional deve-se conjugar – reitera Francisco – com o dever de resolver e regularizar a posição dos migrantes menores, no pleno respeito pela sua dignidade”.

Soluções duradouras, indica a Mensagem, requerem “que se enfrentem nos Países de origem as causas que provocam as migrações”. Isto exige, “o empenho de toda a comunidade internacional para resolver os conflitos e a violência que obrigam as pessoas a fugir” e “programas apropriados para as áreas afectadas por mais graves injustiças e instabilidade, de modo que a todos seja garantido o acesso ao desenvolvimento autêntico, que promova o bem das crianças e meninos, esperanças da humanidade”. Por fim, um encorajamento do Papa aos que caminham ao lado de crianças e adolescentes nas vias da emigração: “Eles precisam da vossa preciosa ajuda, e também a Igreja precisa de vós e vos apoia no generoso serviço que prestais”. (BS)

Fonte: news.va

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