Em Malta, a oração do Papa Francisco na Gruta de São Paulo

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O Papa foi a Malta como “peregrino nos passos do Apóstolo Paulo, que ali foi acolhido com grande humanidade depois de ter naufragado no mar quando ia para Roma”, como disse na Audiência Geral da última quarta-feira. E os vestígios de sua presença no ano 60 d.C. estão presentes em diversos lugares do arquipélago, em particular na Gruta que leva o seu nome em Rabat. E foi aquela que também é a Basílica de São Paulo que recebeu o Papa Francisco na manhã deste domingo, 3.

Mas a providencial chegada do Apóstolo dos Gentios na ilha está ligada ao naufrágio ocorrido no primeiro século. No capítulo 28 dos Atos dos Apóstolos, é falado da acolhida que os malteses deram a 276 náufragos, incluindo o apóstolo Paulo. Por estar situada no cento do Mar Mediterrâneo, Malta é hoje um corredor central de migração e portanto testemunha dos dramas dela decorrentes. O país continua “comprometido em acolher tantos irmãos e irmãs em busca de refúgio.”

Depois de elevar uma oração ao Pai de misericórdia, pedindo para que ajude “a reconhecer de longe as necessidades daqueles que lutam por entre as ondas do mar, atirados contra as rochas duma costa desconhecida”, o Papa acendeu uma vela votiva e recolheu-se em oração silenciosa na gruta diante da imagem de São Paulo.

Deus de misericórdia,
na vossa admirável providência
quisestes que o Apóstolo Paulo
anunciasse o vosso amor aos habitantes de Malta,
que ainda não vos conheciam.
Ele lhes proclamou a vossa Palavra
e curou as suas doenças.

Salvos do naufrágio,
São Paulo e os companheiros de viagem
encontraram aqui, acolhendo-os,
pessoas pagãs de bom coração,
que os trataram com invulgar humanidade,
apercebendo-se que precisavam
de abrigo, segurança e assistência.
Ninguém conhecia os seus nomes,
a proveniência nem a condição social;
sabiam apenas uma coisa:
que precisavam de ajuda.

Não era momento para discussões,
juízos, análises e cálculos:
era o momento de prestar socorro;
deixaram as suas ocupações
e assim fizeram.

Acenderam uma grande fogueira,
e fizeram-nos enxugar e aquecer.
Acolheram-nos com coração aberto
e, juntamente com Públio,
o primeiro no governo e na misericórdia,
encontraram alojamento para eles.

Pai bom,
concedei-nos a graça dum bom coração
que palpite de amor pelos irmãos.
Ajudai-nos a reconhecer de longe as necessidades
daqueles que lutam por entre as ondas do mar,
atirados contra as rochas duma costa desconhecida.
Fazei que a nossa compaixão
não se reduza a palavras vãs,
mas acenda a fogueira do acolhimento,
que faz esquecer o mau tempo,
aquece os corações e os une:
lareira da casa construída sobre a rocha,
da única família dos vossos filhos,
todos irmãos e irmãs.

Vós os amais sem distinção
e quereis que nos tornemos um só
com o vosso Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor,
pelo poder do fogo enviado do Céu,
o vosso Espírito Santo,
que queima toda a inimizade,
e de noite ilumina o caminho
rumo ao vosso reino de amor e de paz.
Amém.

Logo na saída da Gruta de São Paulo, o Papa Francisco deixou a seguinte mensagem no Livro de Honra:

“Neste lugar sagrado, que recorda São Paulo, Apóstolo dos Gentios e pai na fé deste povo, agradeço ao Senhor peço a Ele para que conceda sempre aos malteses o Espírito de consolação e o ardor do anúncio“.

Fonte: vatican.news

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