CPT divulga Carta Final do IV Congresso realizado em Porto Velho (RO)

Compartilhe nas redes sociais

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no telegram
Telegram

20.07.2015| Em torno 900 pessoas, entre camponeses, indígenas, quilombolas, trabalhadores e trabalhadoras rurais de todo o Brasil, agentes pastorais, colaboradores, padres e bispos, estiveram reunidos no Congresso que celebrou os 40 anos da CPT. O Congresso ocorreu em Porto Velho (RO) e encerrou neste dia 17.    A partir de intensos debates, os participantes puderam refletir sobre os principais desafios enfrentados pelas populações do campo na atual conjuntura e partilharam diversas experiências de memória, rebeldia e esperança postas em prática pelas comunidades.

Para a CPT, o momento foi de escuta. É no Congresso que as diversas populações do campo de todo o país, reunidas, apontam as estratégias e propostas que irão orientar as ações da Comissão Pastoral da Terra, para os próximos quatro anos.

Carta
Em sua plenária de encerramento, os/as participantes aprovaram a Carta Final do IV Congresso Nacional. O documento é fruto deste conjunto de reflexões, debates e propostas feitas pelos camponeses e camponesas, trabalhadores e trabalhadoras rurais que serão as luzes para a CPT, no seu serviço às causas dos Pobres da Terra até o próximo Congresso, previsto para ocorrer em 2020.

Memória
A Carta expressa inicialmente a esperança. “Faz escuro, mas eu canto! Há 40 anos, a CPT, num tempo de escuridão, em plena ditadura militar, foi criada atendendo ao apelo de povos e comunidades do campo, de modo particular da Amazônia, envolvidas em conflitos e submetidas a diversas formas de violência. Hoje, voltando de onde nascemos e fazendo memória destes 40 anos, vemos que foram anos de rebeldia e fidelidade ao Deus dos pobres, à terra de Deus e aos pobres da terra, condição da nossa esperança. Vemos também que as comunidades vivem uma realidade mais complexa do que a do tempo da fundação da CPT, pois camuflada por discursos os mais variados de desenvolvimento e progresso, que, porém, trazem consigo uma carga de violência igual ou pior à de 40 anos atrás.

Ecologia
Remete também à necessidade de preservação da natureza. “Convocamos também igrejas, instituições e organizações para reassumirmos um processo urgente de mobilização rebelde e unitária pela vida, que inclua a defesa do planeta Terra, nossa casa comum, suas águas e sua biodiversidade. Com o Papa Francisco reafirmamos que queremos uma mudança nas nossas vidas, nos nossos bairros, na nossa realidade mais próxima, uma mudança estrutural que toque também o mundo inteiro”.

Metas
Apresenta as perspectivas de ação para os próximos anos. Uma reforma agrária que reconheça os territórios dos povos indígenas e das comunidades tradicionais e uma justa repartição da terra concentrada; A formação dos camponeses, camponesas e dos agentes da CPT, com destaque para as comunidades tradicionais, a juventude, as relações de gênero, a agroecologia.

Destaca também o envolvimento em todos os processos de luta pela educação no e do campo; O serviço à organização, articulação e mobilização dos povos indígenas, das comunidades quilombolas, pescadores artesanais e mulheres camponesas; A intensificação do trabalho de base; A sustentabilidade pastoral, política e econômica da CPT.

Leia o texto na íntegra

Com informações CPT/ Fotos Joka

 

 

Publicações recentes