Jornal italiano lança livro ‘O Papa Francisco e as mulheres”

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Cidade do Vaticano (RV) – O jornal italiano ‘Il Sole 24 Ore’, com a colaboração do jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano, apresenta o livro “O Papa Francisco e as mulheres”.

O livro, escrito pelas historiadoras e jornalistas Lucetta Scaraffia e Giulia Galeotti, é uma reflexão sobre o papel da mulher na Igreja Católica e questões ainda não resolvidas, através das palavras do pontífice. Foram inseridos no livro os textos em que Francisco fala sobre a questão feminina na Igreja Católica. 

Lucetta Scaraffia, em seu ensaio, analisa os nós históricos e teológicos ligados a este problema com palavras que fazem refletir: “No contexto de emancipação da mulher, como no caso dos países ocidentais, a atitude da Igreja parece desmoronar-se. Numa cultura em que a emancipação das mulheres é medida sobre o livre acesso aos anticoncepcionais e legalização do aborto, a Igreja é vista como uma inimiga da emancipação. A este conflito cultural se acrescenta a ausência de mulheres na esfera de tomada de decisão da Igreja, embora as religiosas sejam, pelo menos por agora, mais numerosas do que os religiosos. Além disso, elas são geralmente relegadas ao papel de subordinadas, com tarefas subalternas”, destaca Scaraffia.

E seu ensaio, Giulia Galeotti ilustra o papel que as mulheres religiosas e leigas desempenharam na história da Igreja, com as respostas que os Papas deram aos pedidos de uma presença feminina mais relevante dentro da instituição. “Trata-se de presenças femininas que perderam completamente a força de ruptura e mudança. Não é um problema de memória, mas de perspectiva. Transmitida através do olhar masculino, essas presenças femininas foram completamente alteradas”, frisa Galeotti.

Neste contexto sociocultural é inserido o ponto de vista do Papa Francisco que proferiu palavras importantes sobre a questão da mulher na Igreja, sublinhando em seus discursos sua disponibilidade a uma presença mais significativa da figura feminina.

Segundo Scaraffia, Bergoglio denuncia com sinceridade e coragem a condição de subordinação em que se encontram hoje as mulheres na Igreja e pede um estudo aprofundado para incentivar uma presença feminina mais expressiva. (MJ)

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