Regional de Belém/Amapá celebra os 20 Anos do Martírio de Ir. Dorothy Stang com Homenagens e atos em defesa da Amazônia

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No dia 12 de fevereiro, que marcou os 20 anos do martírio de Irmã Dorothy Stang, missionária assassinada em Anapu (PA), religiosos e diversas entidades realizaram uma celebração em Belém para lembrar seu legado. Durante o ato, houve orações pela preservação da floresta e agradecimentos pelo bem semeado na Amazônia por tantos profetas.

Na ocasião, foi lançada uma edição especial do Jornal Resistência, dedicada à vida e à missão de Ir. Dorothy. Nos dias seguintes, cine-debates em diferentes locais de Belém abordaram sua trajetória, lutas e o martírio que a transformou em símbolo de resistência e defesa dos direitos socioambientais.

Irmã Dorothy Stang foi uma missionária norte-americana naturalizada brasileira, reconhecida mundialmente por sua defesa dos direitos humanos e da preservação da Amazônia. Nascida em 7 de junho de 1931, em Dayton, Ohio (EUA), dedicou mais de 40 anos ao trabalho missionário no Brasil, especialmente no estado do Pará. Sua atuação ao lado de comunidades camponesas e sua luta contra a grilagem de terras e o desmatamento ilegal a tornaram um símbolo da justiça socioambiental. Irmã Dorothy chegou ao Brasil em 1966 como parte da Congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur. Desde os anos 1970, trabalhou com agricultores pobres na região amazônica, ajudando na organização de assentamentos e na promoção de projetos sustentáveis. Seu compromisso estava alinhado com as diretrizes da Teologia da Libertação, que enfatiza a opção preferencial pelos pobres e a justiça social.

Em 2004, um ano antes de seu assassinato, recebeu a Cidadania Brasileira em reconhecimento ao seu compromisso com as comunidades amazônicas. Em 12 de fevereiro de 2005, aos 73 anos, foi morta com seis tiros em uma estrada rural de Anapu, em razão de sua defesa dos direitos dos trabalhadores rurais e da preservação da floresta. Sua morte gerou comoção internacional e intensificou os debates sobre a violência no campo e a necessidade de políticas públicas em defesa da Amazônia.

As homenagens reafirmam o compromisso com a causa de Ir. Dorothy e inspiram a continuidade da luta em defesa da Amazônia e das comunidades que nela vivem. Seu exemplo permanece como um chamado à esperança e à justiça em favor da vida e do meio ambiente.

 

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