Papa institui Fundação para apoiar hospitais católicos

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O Quirógrafo de Francisco para oferecer ajuda econômica às estruturas de saúde da Igreja, preservando ao mesmo tempo o carisma dos fundadores. A Fundação será dirigida pelo presidente da APSA Nunzio Galantino
 
Papa Francisco no Hospital Gemelli em julho de 2021
 

Vatican News

Com um Quirógrafo publicado nesta quarta-feira (06/10), o Papa Francisco criou a “Fundação Católica para a Saúde”, um órgão que “oferecerá apoio econômico às estruturas de saúde da Igreja, para que o carisma dos fundadores possa ser preservado, a sua inclusão na rede de análogas e beneméritas estruturas da Igreja e com isso, o seu propósito exclusivamente benéfico segundo com os ditames da Doutrina Social”.

O contexto da decisão papal é o da crise que afeta várias estruturas de saúde administradas por ordens religiosas, que muitas vezes se encontram na impossibilidade de continuar a mantê-las e as colocam à venda.

A nova Fundação do Vaticano, escreve Francisco, é uma “Entidade ligada à Santa Sé” para que “possa operar sob sua autoridade soberana e como entidade instrumental da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica, que providenciará seu governo e tudo o que for necessário para seu funcionamento”. Com o Quirógrafo de hoje, o Papa também aprovou o Estatuto da Fundação, que será dirigida por Dom Nunzio Galantino, Presidente da APSA.

O objetivo estatutário é, portanto, apoiar e relançar estruturas de saúde de propriedade ou administradas por entidades canônicas, também encontrando recursos financeiros necessários de benfeitores privados e de instituições públicas e privadas. A Fundação poderá realizar qualquer tipo de operação permitida pela legislação do país onde operam as estruturas de saúde objeto de suas atividades, procurando assegurar o respeito à Doutrina Social e a sustentabilidade econômica. As estruturas católicas de saúde, que por várias razões encontram dificuldades para ir adiante, poderão assim evitar escolhas demasiado condicionadas pela urgência.

“Tentaremos evitar o risco”, explicou Dom Galantino ao Vatican News, “que, mesmo que não querendo, essas estruturas contribuem em transmitir uma ideia elitista da assistência à saúde, reduzindo os espaços dos cuidados oferecidos a todos e para todos”.

No dia 11 de julho passado, em sua primeira aparição pública após a cirurgia intestinal, durante o Angelus, o Papa Francisco, olhando da varanda do Hospital Gemelli, disse: “Nestes dias de hospitalização, experimentei mais uma vez como é importante dispor de um bom serviço de saúde, acessível a todos, como existe na Itália e em outros países. Um serviço de saúde gratuito que garante um bom serviço acessível a todos. Não se pode perder este bem precioso. É preciso preservá-lo! E por isso todos devemos comprometer-nos, pois serve a todos e requer a contribuição de todos”. E depois de ter dirigido um encorajamento aos médicos, a todos os profissionais da saúde, acrescentou: “Até na Igreja às vezes acontece que alguma instituição de saúde, devido a uma má gestão, não está bem economicamente, e o primeiro pensamento que nos vem é vendê-la. Mas na Igreja a vocação não consiste em ter dinheiro, mas em prestar serviço, e o serviço é sempre gratuito. Não vos esqueçais disto: salvar as instituições gratuitas!”.

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