Dia Mundial do Refugiado – 20 de junho

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As Nações Unidas instituíram em 2001, dia 20 de junho como Dia Mundial do Refugiado. Passaram-se vinte anos. O que mudou?

Ao final de 2021, o número de pessoas deslocadas por guerras, violência, perseguições e abusos de direitos humanos chegou a 89,3 milhões (um crescimento de 8% em relação ao ano anterior e bem mais que o dobro verificado há 10 anos), de acordo com o relatório “Tendências Globais”, uma publicação estatística anual do ACNUR.

Desde então, a invasão da Ucrânia pela Rússia – que causou a mais veloz e uma das maiores crises de deslocamento forçado de pessoas desde a Segunda Guerra Mundial – e outras emergências humanitárias, da África ao Afeganistão e além, elevaram este número para a marca dramática de 100 milhões.

Certamente, muita coisa mudou – e não necessariamente para melhor, infelizmente. Sabe-se que – pela primeira vez na história – 1% da humanidade encontra-se deslocada. Em números, são quase 80 milhões de pessoas que foram obrigadas a abandonar suas origens, número que dobrou na última década.

Um dos fatores que contribuiu para esse aumento foi a movimentação em massa de venezuelanos, que já configuram o segundo maior grupo populacional deslocado do mundo. Mais de 5,6 milhões de pessoas já migraram do país para fugir da insegurança econômica, da fome, da violência e da falta de serviços essenciais.

Em 2021, o número de pessoas refugiadas cresceu para 27,1 milhões. Chegadas aumentaram significativamente em Uganda, Chade e Sudão – entre outros países. A maioria destas pessoas, uma vez mais, é acolhida por países vizinhos com poucos recursos. O número de solicitantes do reconhecimento da condição de refugiado chegou a 4,6 milhões (um crescimento de 11%).

Principais dados do relatório “Tendências Globais 2021”, do ACNUR

  • Por volta de maio de 2022, mais de 100 milhões de pessoas estavam deslocadas forçosamente em todo mundo devido a perseguições, conflitos, violência, violações dos direitos humanos ou eventos que perturbaram a ordem pública.
  • Ao final de 2021, o número de 89,3 milhões de pessoas incluía:
  • 27,1 milhões de refugiados, sendo
    • 21,3 milhões de pessoas refugiadas sob o mandato do ACNUR
    • 5,8 milhões de pessoas refugiadas da Palestina sob o mandato da UNRWA
  • 53,2 milhões de pessoas deslocadas internamente
  • 4,6 milhões de solicitantes do reconhecimento da condição de refugiado
  • 4,4 milhões de pessoas da Venezuela deslocadas fora do seu país
  • Entre as pessoas refugiadas e da Venezuela deslocadas fora do seu país ao final de 2021:
  • Países de renda baixa ou média acolheram 83% desta população.
  • Países Menos Desenvolvidos ofereceram asilo para 27% deste total.
  • 72% das pessoas viviam em países vizinhos aos seus países de origem.
  • A Turquia abrigava 3,8 milhões de pessoas refugiadas (a maior população em todo o mundo), seguido por Uganda (1,5 milhão), Paquistão (1,5 milhão) e Alemanha (1,3 milhão). A Colômbia acolhia 1,8 milhão de pessoas venezuelanas deslocadas fora do seu país.
  • O Líbano abrigava a maior população de pessoas refugiadas per capita (em relação aos habitantes do país): 01 pessoa refugiada para cada 08 habitantes. Em seguida, vem a Jordânia (01 para cada 14) e a Turquia (01 para cada 23).
  • Em relação à população nacional, a ilha de Aruba abrigava o maior número de pessoas da Venezuela deslocadas fora do seu país (01 para cada 06), seguido por Curaçao (01 para cada 10).
  • Mais de dois terços (69%) das pessoas refugiadas vieram de apenas 05 países: Síria (6,8 milhões), Venezuela (4,6 milhões), Afeganistão (2,7 milhões), Sudão do Sul (2,4 milhões) e Mianmar (1,2 milhão).
  • Globalmente, havia 6,1 milhões de pessoas refugiadas, solicitantes do reconhecimento da condição de refugiado e migrantes da Venezuela em 2021 (de acordo com a Plataforma Regional de Coordenação Interagencial R4V – Response for Venezuelans).
  • Solicitantes do reconhecimento da condição de refugiado apresentaram 1,4 milhão de novos pedidos. Os Estados Unidos foi o maior recipiente, a nível mundial, de novas solicitações (188,9 mil), seguido pela Alemanha (148,2 mil), México (132,7 mil), Costa Rica (108,5 mil) e França (90,2 mil).
  • Quatro dos 10 países de origem com maior número de solicitantes de asilo estão na América Latina e no Caribe: Nicarágua (2º lugar), Venezuela (4º), Haiti (5º) e Honduras (6º). Ao final de 2021, havia mais de 1,1 milhão de pessoas refugiadas e solicitantes de asilo de El Salvador, Honduras e Guatemala em todo o mundo. As solicitações de reconhecimento da condição de refugiado apresentadas por pessoas da Nicarágua em 2021 foram cinco vezes maiores que no ano anterior.
  • Soluções:
  • 5,7 milhões de pessoas deslocadas à força retornaram para suas regiões ou países de origem em 2021, incluindo 5,3 milhões de deslocados internos e 429,3 mil pessoas refugiadas.

Entre tantas importantes iniciativas temos o Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR).
Confira aqui a programação especial do SJMR.

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