Aline Scarso | Os grupos religiosos “Justiça Paz e Integridade da Criação” (JUPIC) e “Vida Religiosa Inserida” (VRI) realizam no próximo sábado (16), em São Paulo, uma homenagem em razão dos oito anos da morte da irmã Dorothy Stang.
Irmã Dorothy era reconhecida como uma defensora da reforma agrária e da causa dos pequenos agricultores de Anapu, no Pará, mas acabou assassinada aos 73 anos a mando de grileiros e madeireiros, em uma estrada de difícil do município (leia mais abaixo).
Segundo o frei dominicano João Xerri, essa celebração é uma forma de manter viva não apenas a memória de Dorothy, mas também a luta pela reforma agrária no Brasil. “Essa memória nos incentiva a não arredar o pé. É preciso reconhecer o que fizemos no passado para nos animar o presente. Além disso, a causa de Dorothy não está na moda, não se fala mais em reforma agrária, por isso, mais ainda, temos que refazer a memória”, afirmou.
Em carta para o evento, Dom Pedro Casaldáliga, que no ano passado precisou se esconder em razão de uma série de ameaças por causa da defesa ao povo indígena Xavante, convocou os religiosos a assumirem a herança da irmã “com realismo militante e com a esperança pascal”. “[Dorothy era] Mártir das causas verdadeiramente do povo, no lugar certo e na hora certa”, ressaltou.
Para Xerri, uma das grandes qualidades da irmã era estimular o protagonismo do pequeno agricultor na luta, dando voz aos mesmos.
Serviço
O quê: Celebração dos oito anos da morte de Dorothy Stang
Quando: 16 de fevereiro de 2013, das 14 às 16h30hs
Onde: Centro de Pastoral São José do Belém, na Av. Álvaro Ramos, 366, bairro Belém, São Paulo – SP (ponto de referência metrô Belém)