O décimo aniversário da eleição do primeiro Papa latino-americano na história do catolicismo é motivo de celebração e reflexão. O Papa Francisco tem mudado o olhar da Igreja, direcionando-o para questões sociais, ambientais e planetárias. Ele lembra que toda a criação é obra de Deus e que o ser humano faz parte dessa criação. Para tanto, é chamado para o compromisso com a “ecologia integral” e o cuidado com a casa comum como modo de transformar a sociedade.
A inclusão das mulheres na hierarquia da Igreja é uma questão que tem sido debatida há décadas. O Papa Francisco, desde o início de seu pontificado, tem se mostrado um grande defensor dessa causa, reconhecendo a importância das mulheres e a necessidade de sua presença nos cargos de liderança. Na efetivação desta demanda, no decorrer do seu pontificado, nomeou duas ex-presidentes da CRB, Ir. Márian Ambrósio e Maria Inês Vieira Ribeiro, como consultoras da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica.
Isso é um sinal importante de que o Papa Francisco está comprometido em promover a inclusão das mulheres de maneira mais efetiva. A nomeação para cargos de liderança na Igreja não é apenas uma questão de justiça e igualdade, mas também uma necessidade pastoral e evangelizadora.
A Conferência dos Religiosos do Brasil agradece a Deus pelo dom da missionariedade do Papa Francisco, que desafia a Vida Religiosa Consagrada a permanecer junto aos mais sofridos e abraçar a vulnerabilidade do mundo. E, lembra que os religiosos e religiosas são chamados a serem “peritos em comunhão”. Que a “espiritualidade da comunhão” se torne realidade e os religiosos/as estejam na vanguarda abraçando o grande desafio de fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão neste novo tempo.