Por Tereza Brasil| 08.10.2015| A Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília (DF), de 06 a 08 de outubro, a oitava edição do Seminário, que reuniu os bispos referenciais para o laicato e representantes dos diversos segmentos que a Comissão representa.
O encontro foi dedicado ao estudo do Texto 107A da CNBB, “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade” e na análise e encaminhamento dos projetos para o quadriênio 2015-2019. Participaram também representantes da Comissão Ampliada das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), da Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil, do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), do Curso de Formação Política (CEFEP), associações e novas comunidades.
A diretriz aplicada ao estudo do Texto 107A foi reforçar a contribuição que o leigo pode oferecer e propor melhorias. Para dom Severino Clasen, bispo da diocese de Caçador (SC) e presidente da comissão, os cristãos precisam assumir seu papel. “O leigo não é cumpridor de tarefas na Igreja, ele não pertence à Igreja, ele é a Igreja. Precisa abraçar sua vocação pela força que o batismo lhe confere”.
A principal premissa do estudo no Seminário foi questionar quais mecanismos precisam ser desenvolvidos para que o leigo de fato se torne protagonista na sociedade e na Igreja. De acordo comdom Severino, cabe à Comissão do laicato criar essa consciência e despertar a responsabilidade para que o leigo se torne sujeito dessa transformação.
“A aproximação da Comissão do Laicato da CNBB com o Conselho Nacional de Leigos e Leigas tem sido importante para que as mudanças necessárias aconteçam”, afirma a presidente, Marilza Schuina. “Devemos nos portar como sujeitos eclesiais em constante ação no mundo como Igreja”.
A expectativa da Comissão é que em 2016 o tema central da próxima Assembleia Geral do episcopado o texto de estudo 107A possa ser transformado em documento da CNBB. Marilza ainda destaca, que “o Seminário propiciou o fortalecimento da organização do laicato e isso nos dá esperança de que mudanças essenciais aconteçam”.