50 anos de caminhada da Igreja da Amazônia – Santarém

Compartilhe nas redes sociais

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no telegram
Telegram

Cerca de 100 pessoas, cardeais, bispos, presbíteros, Vida Religiosa, leigos e leigas, dentre eles entre representantes dos povos indígenas e comunidades tradicionais, se reúnem no mesmo local de 6 a 9 de junho de 2022.

Padre Modino – CELAM

50 anos de Santarém, 50 anos de caminhada de uma Igreja, a Igreja da Amazônia, marcada por uma evangelização inculturada e libertadora. Para fazer memória do Documento surgido no encontro realizado no Seminário São Pio X em maio de 1972, 100 pessoas, cardeais, bispos, presbíteros, Vida Religiosa, leigos e leigas, dentre eles entre representantes dos povos indígenas e comunidades tradicionais, se reúnem no mesmo local de 6 a 9 de junho de 2022.

Um encontro que começou com uma celebração eucarística, presidida pelo último bispo ordenado na Amazônia brasileira, Dom Raimundo Possidônio Carrera da Mata. Ele confiou a Maria “a intercessão materna por todos nós, por toda a Igreja desta Amazônia, onde residem tantas realidades que ainda precisam verdadeiramente de Ressurreição”.

O Bispo coadjutor da Diocese de Bragança lembrou que “a Cruz para muitos de nossos irmãos ainda é uma realidade todos os dias, em todos os momentos nosso povo caminha carregando uma Cruz por estas vias, por estes caminhos, por estas terras, por estas águas de uma Amazônia que ainda precisa planificar a sua Redenção”. Ele destacou a importância da mística, “que é expressão de uma fé comprometida que não arreda o pé diante das dificuldades”.

Fonte: Vatican News

Importância do Documento de Santarém

O Encontro de Santarém celebra 50 anos em um momento desafiador, segundo o presidente da CNBB,  Dom Walmor Oliveira, Azevedo, que denunciou o desmatamento e chamou a uma reação missionária da parte da Igreja da Amazônia, tendo como base o Sínodo para a Amazônia e na perspectiva do Sínodo sobre a Sinodalidade. Um tempo de desafios, mas de esperança, onde sob a proteção de Nossa Senhora de Nazaré, “saibamos escutar as indicações preciosas do Espírito Santo de Deus para novos passos missionários, essenciais para o compromisso de preservar e defender a Amazônia”.

Como “uma pequena assembleia sinodal” definiu Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus,  o IV Encontro da Igreja católica na Amazônia Legal. O presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB vê o Documento de Santarém como “um texto muito simples, mas muito prático em termos de evangelização”. Dom Leonardo agradeceu a equipe de preparação de um encontro que quer fazer memória, presencializar, uma memória que é feita depois do Sínodo, “fruto do caminho iniciado em Santarém”.

Sobre a importância dos 50 anos do Documento de Santarém eis o que disse a irmã Rose Bertoldo, secretária executiva do Regional Norte1:

“A importância de celebrar os 50 anos do documento de Santarém é fazer memória dessa caminhada, de todos aqueles que nos antecederam e deixaram um legado para a Igreja da Amazônia. Um legado que hoje a gente percebe com grandes avanços para Igreja da Amazônia. Esses caminhos que nos embasaram, as proposições desses novos caminhos que nos embasaram em todo o processo de vivência, de construção dessa igreja encarnada na realidade e com a proposta de uma evangelização a partir dos povos, dos territórios aonde está inserida. O que isso também contribuiu para toda a realização do Sínodo para a Amazônia”.

E nós que agora estamos aqui celebrando os 50 anos também temos uma grande responsabilidade. Recebemos essa herança dos que nos antecederam, que deixaram para nós. E nós temos esse grande compromisso de continuar celebrando, mas sobretudo, pensando e construindo novos caminhos de uma Igreja encarnada, comprometida com as realidades dos territórios da Amazônia. E por isso devemos ter muita consciência daquilo que vamos propor a partir do Documento de Santarém para também deixar para as futuras gerações nesse território que é de grande importância para toda a Igreja Universal. Uma Igreja que se encarna que escuta os seus clamores, mas, que sobretudo, é uma presença profética, de esperança para as gerações presentes e futuras da Amazônia”.

A diretora-executiva da Rede Eclesial Pan-Amazônica no Brasil/REPAM-Brasil, irmã Maria Irene Lopes dos Santos, no início,  falou da importância do encontro para recordar os 50 anos do Documento de Santarém:

A Igreja na Amazônia sempre teve essa preocupação em se reunir para pensar temas relevantes para a nossa querida Amazônia, e hoje nós estamos aqui para iniciar o 4º encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, onde estarão presentes as 57 dioceses e também o convidado especial nosso, que é o cardeal Pedro Barreto. O presidente da CEAMA também estará presente nesse momento”.

“Esse encontro vai refletir sobre os temas relevantes da nossa Querida Amazônia, como questão do garimpo, questão do agronegócio, a questão da formação e muitos outros temas que serão tratados nesses dias. Importante lembrar que esse encontro vai acontecer no mesmo local, onde aconteceu há 50 anos o encontro de Santarém que foi onde foi criado o Documento que hoje é muito relevante para toda a igreja da Amazônia e não só da Amazônia brasileira, mas para todas as pessoas que se colocam para repetir sobre esse tema da Amazônia. Então nós convidamos a todos que nos acompanhem através das suas orações e façam com que esse momento seja um momento forte para nossa Igreja”.

Publicações recentes