70 anos da CRB Nacional

A fundação da CRB Nacional está umbilicalmente unida ao Congresso Nacional dos Religiosos. A criação da Conferência dos Religiosos do Brasil remonta ao período após o Congresso Internacional dos Religiosos em 1950 e impulsionada pela criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil em 1952.  

O Congresso Nacional dos Religiosos, ocorrido de 7 a 13 de fevereiro de 1954, reuniu mais de mil participantes de diferentes estados brasileiros. Os objetivos do evento eram claros: atualizar a Vida Religiosa e organizar o apostolado dos religiosos, abordando temas cruciais como a adaptação da vida religiosa às novas condições da sociedade moderna, vocações e formação. O final do Congresso culminou com a fundação da Conferência dos Religiosos do Brasil em 11 de fevereiro de 1954.  Os primeiros anos pós-fundação foram caracterizados por uma intensa atividade voltada para a organização interna, a aproximação intercongregacional e a prestação de serviços às Congregações Religiosas.   No aspecto da organização interna, destacou-se a obtenção do decreto de aprovação do estatuto e da própria Conferência pelo Decreto nº 01561/55, emitido pela Sagrada Congregação dos Religiosos.  

Uma medida de alcance significativo foi a criação de Secções Estaduais da CRB, hoje chamadas de Regionais. A extensão do território nacional, a diversidade das regiões e a complexidade das situações enfrentadas pelos religiosos/as em todo o Brasil ressaltaram imediatamente a necessidade de descentralização da CRB Nacional. A primeira Seção Estadual a ser criada foi a da Bahia, com sede em Salvador, em 1955.  

Um terceiro aspecto implementado na linha da organização interna foi a dinamização dos Departamentos previstos no Estatuto. Na linha da aproximação intercongregacional, foram lançadas as bases que possibilitariam, mais tarde, o entrosamento operativo, o mútuo apreço, a crescente intercomunicação e colaboração que marcam a Vida Religiosa no Brasil hoje. Além disso, a dinamização dos Departamentos previstos no Estatuto fortaleceu a estrutura interna da CRB.   A revista da CRB, iniciada no segundo ano de sua existência, desempenhou um papel crucial nesse processo, incentivando a consciência da necessidade da união de esforços. As medidas para descentralização e dinamização dos Departamentos aproximaram os religiosos/as, articulando-os em torno de atividades comuns.  

Ao longo dos anos, a CRB Nacional evoluiu para atender não apenas questões eclesiais, mas também áreas econômicas, jurídicas e administrativas. Essa evolução resultou em uma estrutura complexa, mas a missão primordial permaneceu: animar a vida consagrada e religiosa no Brasil, promovendo a comunhão entre as diversas Congregações e Institutos religiosos.  

Desde sua fundação a CRB Nacional, desempenha um papel crucial na articulação de questões-chave, na defesa de direitos e na promoção do diálogo e da colaboração entre religiosos e religiosas. Coordenando atividades para construção de alianças intercongregacionais na formação e missão, a CRB atua em favor das Entidades Religiosas Católicas, acompanhando, apoiando e estimulando projetos missionários e sociais em todo o território nacional. Ao longo dos anos, a CRB Nacional tem sido uma voz profética na defesa da justiça social, dos direitos humanos e do cuidado com o meio ambiente. Sua atuação vai além das fronteiras eclesiais, envolvendo-se em iniciativas que abrangem educação, saúde, trabalho com migrantes, refugiados e populações marginalizadas. 

A CRB Nacional busca ativamente promover a dignidade e a igualdade para todos. Dedicando-se ao aprofundamento espiritual e à formação contínua de seus membros, a CRB Nacional reconhece a importância da vida comunitária, do estudo e da reflexão. Buscando constantemente aprimorar a capacidade de servir aos outros e de responder aos desafios do mundo contemporâneo.   A missão da CRB Nacional é ser uma presença significativa e relevante na sociedade brasileira, levando adiante os valores do Evangelho e contribuindo para a construção de um mundo mais justo e compassivo. Através da dedicação à Vida Religiosa Consagrada e ao serviço aos mais necessitados, a CRB Nacional busca ser testemunha do amor e da misericórdia de Deus no mundo.    

FUNDAÇÃO DA CRB NACIONAL

Abertura do Ano Jubilar

O Ano Jubilar dos 70 da CRB Nacional, foi declarado aberto na Assembleia Geral Ordinária, que aconteceu da CRB em Brasília — DF, na Casa Dom Luciano, no dia 12 de abril de 2023, em uma Celebração Eucarística, presidida pelo Padre Leonardo da Silva Costa. O evento reuniu líderes e representantes de congregações religiosas, diretores, conselheiros e assessores. A abertura oficial foi proclamada com entusiasmo pela Ir. Elaine Cordeiro de Souza, Presidente da CRB, que enfatizou o amor sem medidas das Religiosas/os ao Projeto do Reino e aos mais necessitados, destacando o cuidado com a Vida nestes 70 anos de história. O encerramento das atividades deste ano Jubilar com o tema: CRB 70 Anos – Memória, Mística, Profecia e Esperança e o lema “Permaneci no meu Amor” (Jo 15,9), será realizado em Fortaleza/CE, de 30/05 a 02/06 de 2024, prometendo ser um momento de reflexão, celebração e projeção para o futuro. 

Os 70 anos da CRB Nacional é um convite para que os religiosos se unam em gratidão, renovando o compromisso com sua missão de servir e promover a esperança para um mundo melhor. O Ano Jubilar quer ser um espaço de memórias vivas, onde a mística e a profecia se entrelaçam, impulsionando a CRB a continuar seu trabalho incansável, sempre inspirados pelo amor que permanece e floresce em cada coração consagrado a essa nobre causa. 

A seguir você confere a carta de abertura oficial e as fotos deste evento que marcou a abertura do ano Jubilar. Além das celebrações que aconteceram nos regionais. 

A Conferência dos Religiosos do Brasil foi fundada no dia 11 de fevereiro de 1954, no Rio de Janeiro/RJ, durante o Congresso Nacional dos Religiosos.

A CRB Nacional é uma organização religiosa de pleno direito canônico , tendo seu estatuto aprovado pela Sagrada Congregação dos Religiosos, através do Decreto nº 01561/55.

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