Teólogo destaca importância de conhecer a realidade para anunciar Jesus Cristo

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Por Geraldo Martins| 27.11.2013| “O anúncio de Jesus Cristo no mundo de hoje, secular e pluricultural”. Este foi o tema da palestra feita pelo teólogo argentino Lucas Cerviño, que abriu o ciclo de conferências do 4º Congresso Americano Missionário (CAM 4 – Comla 9), na manhã desta quarta-feira, 27, no Palácio de Eventos, em Maracaibo (Venezuela).

O conferencista destacou que, para partilhar a fé, é preciso saber olhar e compreender o mundo marcado por mudanças. Segundo afirmou, o mundo hoje é caracterizado por transformações “extremamente velozes”. “Um mundo sempre mais plural, fragmentado e complexo”.

Para Cerviño quatro perguntas devem dirigir o olhar sobre a realidade que marca o mundo hoje: de onde olhar a realidade?; como olhar a realidade?; o que olhar?; para que olhar a realidade?

De acordo com o teólogo o lugar de onde se vê a realidade configura o modo de olhar o mundo em seus processos socioeconômicos, culturais, religiosos e políticos. “Queremos olhar uma e outra vez o mundo para optar por uma convivência intercultural capaz de gerar alternativas de vida no presente: hoje, aqui e agora”, disse. “Olhar o mundo para oferecer, com respeito e desprendimento, nossa plenitude”, acrescentou.

Sobre os modos de ver a realidade, Cerviño disse que há olhares “compassivos ou que julgam, misericordiosos ou denunciadores, profundos ou superficiais, frios ou quentes, complacentes ou desrespeitosos”. Acentuou, no entanto, que é preciso olhar o mundo com o olhar de Jesus.

“Jesus desenvolve uma capacidade especial de sensibilidade para captar a realidade e posicionar-se diante dela”, observou. “Uma maneira de olhar em que sobressai o pequeno, insignificante ou escondido: uma viúva pobre, algumas crianças que são rejeitadas, um jovem rico de si mesmo”, acrescentou.

Cerviño destacou ainda o caráter religioso que marca o continente americano. Para ele não se trata tanto de uma realidade secularizada, mas plurirreligiosa. Recordou o sociólogo chileno, Parker, que aponta quatro causas do pluralismo religioso: a influência da cultura do consumo, os meios de comunicação que permitem conhecer outras práticas religiosas, a transformação do campo educacional e o surgimento de movimentos sociais e indígenas que “no fortalecimento de sua identidade revalorizam suas práticas e crenças religiosas”.

O Congresso continua na tarde desta quarta-feira com 22 fóruns temáticos abordando vários temas ligados à missão. O fórum número 18 – “Testemunho e martírio na América” – tem como conferencistas a Irmã Marie Henriqueta Ferreira Cavalcante, da Comissão Justiça e Paz do Regional Norte 2 da CNBB, e o bispo do Xingu e presidente do Conselho Indigenista Missionário, dom Erwin Krautler.

Participam do Congresso cerca 3 mil pessoas de 24 países. A delegação da Colômbia é a mais numerosa com 284 pessoas.

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