“REPAM acertará os passos na medida em que os amazônidas entrarem na roda”, afirma religiosa

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Por Rosinha Martins|18.02.2015 | A afirmação é da missionária, Filha da Caridade, Irmã Cecília Samiranda, membro do Comitê Ampliado da Rede Eclesial Panamazônica (REPAM) que se reuniu nos últimos dias 17 e 18 de fevereiro, na sede da CNBB, em Brasília. No Comitê, Samiranda é representante da CRB Nacional – Conferência dos Religiosos do Brasil.

Para Irmã Cecília, a participação ativa de amazônidas nas articulações da Rede poderá ajudar muito na eficácia das suas ações. “Na medida em que nós colocarmos os amazônidas na roda para pensar a proposta de cuidado de zelo, de vida e, na medida em que eles se tornam sujeitos,  é possível sonhar com esperança”, garantiu.

Fiquei muito contente, acrescentou, “de saber que neste grupo temos quatro amazônidas, filhos da terra, de diferentes locais e pessoas que se entregam à missão neste solo com o desejo de construir o sonho e Deus para nós”.

Olhar de fora

“Eles queriam alguém de outras regiões para ser uma espécie de ‘olho de fora’, para esses processos todos da Rede Eclesial Panamazônica”, explica o teólogo e compositor, Roberto Malvezzi, o Gogó.

Malvezzi afirmou ainda, que desde a primeira reunião do Comitê, foi sentida a necessidade de envolver na REPAM aquelas redes eclesiais que atuam na Amazônia há 30 ou 40 anos.  “A REPAM não se entende como uma rede que levará algo novo, mas um serviço que possibilite a articulação de tanta gente que já atua no bioma, mas que  talvez, nunca se encontraram. É nesse sentido que se ampliou o comitê”.

A proposta é, segundo o teólogo, focar nas questões sócio-ambientais da Amazônia, sempre em diálogo com a encíclica de Francisco, a Laudato Sì. “A partir dela, articular, animar, para que cheguemos até as bases e possamos ajudar na promoção de uma ecologia integral e conversão ecológica entre os cristãos”, concluiu.

Inventar a roda

O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) tem muito a contribuir com a Rede, por seus 40 anos de atuação entre as comunidades tradicionais na Amazônia, segundo Gilberto Vieira, o Giba, membro do Conselho. “Temos conquistas muito importantes, como a demarcação de áreas na região. Sentimos que demos uma contribuição para fora no que se refere às comunidades indígenas e quilombolas e, também para dentro, ajudando a Igreja a voltar seu olhar para estas comunidades por meio das reflexões teológicas e atuação missionária”, acenou.

Em relação à REPAM, Giba acrescentou que a ideia de articulação é muito forte no grupo. “Repetimos constantemente a expressão ‘inventar a roda’, pois esta pode ser a possibilidade de fortalecer as ações e lutas que já existem e de  ganhar visibilidade no exterior. Estamos pensando o papel da Panamazônica no mundo. É um passo necessário na reflexão, com esse aporte que a Laudato Sì nos dá. Creio que estamos vivendo um momento histórico muito importante.

A presidente nacional da CRB, Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, mad, a assessora do setor  Missão, Irmã Fátima Kapp, fsps e a assessora de Comunicação, Irm’a Rosa Maria Martins Silva, mscs estiveram presentes no encontro no dia 18.

Veja imagens do encontro

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