Religiosos se reúnem em Brasília para a Semana Vocacional Missionária

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Por Andrea Bonatelli | 31.03.2016| O Centro Cultural Missionário (CCM) e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) promovem a 5a Semana de Formação Vocacional Missionária, em Brasília (DF), desde o dia 28 de março. Participam do evento 40 animadoras e animadores missionários vocacionais da vida religiosa consagrada e dos ministérios ordenados. Esta semana aborda o tema produzido pela equipe interdisciplinar da CRB para reflexão durante o ano da vida consagrada: “Vida religiosa consagrada em processo de transformação: qual serviço de animação missionária vocacional hoje?”

Neste contexto Irmã Susana Rocca, psicóloga e doutora em Teologia Prática, ministrou palestra sobre as novas gerações e a experiência de Deus. A religiosa refletiu sobre as luzes e as coisas novas que estão surgindo dentro da vida consagrada e a necessidade da continuidade da transformação. “Uma vida consagrada não se sustenta sem a experiência de Deus. Mesmo com contextos diferentes, formas de rezar diferentes, missões diferentes, a experiência de Deus é essência”.

A psicóloga explicou que os jovens querem se sentir reconhecidos, as comunidades querem amizade, querem confiança e as congregações religiosas podem contribuir com essa realidade. “A questão afetiva, da acolhida, a questão da autonomia, devem ser consideradas pelos consagrados. Não vou fazer só o que diz a Igreja, mas além disso. Tenho que levar adiante o que eu estou querendo fazer, o projeto de Deus que me faz feliz”.

Irmã Susana também refletiu sobre as características da espiritualidade hoje e o aspecto da humanização. “Hoje nós, religiosos, precisamos estar mais abertos à humanização, no sentido de fomentar uma vida comunitária enriquecedora, fraterna, onde se dialoga mais. Esta questão está em alta e o jovem busca isso. Busca transparência, busca uma vida coerente e em comunidade”.

Atenta a palestra sobre as novas gerações, Irmã Maria José Moreira, religiosa da Instrução Cristã, elogiou a semana de formação e a abordagem deste tema. ” O jovem da minha época é muito diferente do jovem de hoje. É uma diferença gritante. A tecnologia vem ajudando o jovem a avançar, mas ao mesmo tempo, a gente vê que ele não consegue caminhar de acordo com valores e princípios. Os jovens precisam da nossa ajuda para encontrar o caminho. E eles estão abertos a isso”.

A religiosa, com 27 anos de vida consagrada, complementou: “A vocação existe.Jesus continua chamando o jovem para a missão na igreja. Nossas congregações precisam encontrar meios para acolher este jovem e esta semana vocacional está contribuindo para isso. Essas reflexões nos ajudam a trilhar caminhos e dar continuidade a nossa missão da vida consagrada”.

O diácono Maico Ferreira de Oliveira participa da semana vocacional em busca de orientação para o trabalho dele como promotor vocacional no Instituto Missionário
São José, em Taubaté (SP). Para o diácono a semana traz uma visão ampla sobre o acolhimento do jovem e a percepção da vocação na juventude. “Todo mundo fala em crise de vocação mas estou percebendo que ela existe, o que precisamos é reconhecer essa vocação. As congregações precisam se mostrar para os jovens, a partir da divulgação podemos colher bons frutos”.

Maico explicou que ter uma vida religiosa consagrada não o impede de ser uma pessoa aberta na sociedade. “Esse é o perfil do religioso hoje. Estamos em todos os lugares da sociedade e é isso que muitos jovens querem de uma congregação. Que ela esteja no meio da sociedade, lidando com obras sociais, lidando com cultura, esporte e lazer. O jovem quer uma evangelização que parte de dentro da Igreja e que aconteça também do lado de fora, em todos os lugares”.

O diácono disse ainda que a facilidade que ele tem em se comunicar com a juventude vem de encontro com o que está aprendendo nesta semana. Ele vai levar mais conhecimento e até experiência, adquirida junto aos outros religiosos, para melhorar o o trabalho dele como promotor vocacional no interior de São Paulo.

A 5a Semana Vocacional Missionária termina no dia primeiro de abril com o objetivo de reanimar vocacionalmente e missionariamente os participantes, criando processos de transformação da vida religiosa consagrada na aproximação e no encontro com as juventudes.

Confira aqui a reportagem da Rede Vida

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