Religiosas morrem em acidente na BR-163 em Juti – MS

Duas religiosas da Congregação das Irmãs de São José de Chambéry (ISJ) morreram em um acidente na  na BR-163 em Juti, MS, na última sexta, 16. Lucinda Moretti morarava em Caarapó e prestava serviços na aldeia Te’ yikue e também em Juti, enquanto Adelaide Furlanetto fazia parte da paróquia Santa Luzia de Juti. A CRB Nacional expressa sinceros sentimentos pelo acontecido e se coloca em unidade de preces com a Congregação.

O acidente

Conforme apurado uma caminhonete Ranger se chocou com o Gol que estavam as Irmãs. Com o impacto o automóvel parou a mais de 30 metros do local da colisão.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a Ranger XLS, de cor prata, com placa NSB2691, de Caxias do Sul, conduzida por Valdimir Pereira Farias (39), morador em Campo Grande, vinha de Naviraí, sentido Capital, quando colidiu com o Gol de cor branca, placa HRI 8401, que era conduzido pela Irmã Adelaide, que levava como carona a outra religiosa, Lucinda. Elas morreram ainda no local.

Segundo o motorista da Ranger, que nada sofreu, o veículo das religiosas atravessou a pista para entrar em uma estrada vicinal que da acesso a chácara São José. “Eu estava dirigindo numa boa quando de repente o gol atravessou a pista e entrou na minha frente sem dar nenhum sinal. Acho que a motorista não me viu, tentei frear, mas nada pude fazer”, disse.

Os corpos foram levados para o IML de Dourados e a pós serem liberados haverá uma missa de corpo presente em Juti. Em seguida o corpo da irmã Lucinda Moretti será transladado para sua cidade natal, Caxias do Sul/RS. (fonte: portaldoms.com.br)

Irmã Lucinda – uma das fundadoras da CPT (Comissão Pastoral da Terra)

Humildade, compromisso, coragem. Acredito contornam os perfis pessoais da irmã Lucinda Moretti, uma das fundadoras da CPT/MS. Brasileira de São Sebastião do Cai/RS, nasceu em 16 de novembro de 1942. Ela veio falecer ontem num acidente no trânsito cumprindo uma missão pastoral. Em 6 abril de 2008 tive uma conversa com ela sobre sua ação pastoral-militante, sobre suas longas peregrinadas pelas estradas de chão de Mato Grosso do Sul. Falamos de Santa Idalina, a primeira grande ocupação dos sem terra no Estado, das reuniões secretas para pôr em prática o “evangelho subversivo”, do reino dos ‘cuidados’ para evitar a repressão dos militares e dos fazendeiros. Para ti irmã, esta homenagem simples, póstuma:lucinda, a eterna lavradora.

 

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