Papa pede comunhão na ação pastoral no Haiti: “A caridade é um corpo!”

Compartilhe nas redes sociais

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no telegram
Telegram

Cidade do Vaticano (RV) – Um profundo sentimento de gratidão e um apelo à comunhão no trabalho de reconstrução do país, marcaram o discurso do Papa Francisco dirigido aos participantes do encontro “A comunhão da Igreja: Memória e esperança para o Haiti, cinco anos depois do terremoto”, realizado neste sábado (10/01), no Vaticano.

“Com a ajuda levada aos nossos irmãos e irmãs no Haiti – ressaltou o Papa – manifestamos que a Igreja é um grande corpo, onde os vários membros cuidam uns dos outros” e é nesta comunhão  que “está a razão profunda do nosso serviço de caridade”.

Reconhecendo o quanto já foi feito para reconstruir o país e o muito que ainda resta a fazer, Francisco articulou seu discurso em três pontos principais, “pilares” sobre os quais deve se basear todo o trabalho: a pessoa humana, a comunhão eclesial e a importância da Igreja local.

“A pessoa está no centro da ação da Igreja , disse o Papa. A nossa primeira preocupação deve ser a de ajudar o homem, cada homem a viver plenamente como pessoa. Toda a ajuda oferecida pela Igreja ao Haiti deve ter a anseio do bem integral da pessoa:

“Não existe uma verdadeira reconstrução de um país sem reconstruir a pessoa na sua plenitude. Isto comporta em fazer, sim, que cada pessoa no Haiti tenha o necessário sob o ponto de vista material, mas ao mesmo tempo, que possa viver a própria liberdade, as próprias responsabilidades e a própria vida espiritual e religiosa. A pessoa humana tem um horizonte transcendente que lhe é próprio, e a Igreja não pode negligenciar este horizonte, que tem como meta o encontro com Deus”.

Neste sentido o Pontífice ressaltou que “a atividade humanitária e a pastoral não são concorrentes, mas complementares, uma tem necessidade da outra”, e juntas, devem ajudar a formar no Haiti “pessoas maduras e cristãos, que por sua vez, poderão dedicar-se pelo bem dos outros”.

Um segundo aspecto destacado por Francisco é a comunhão eclesial, observando a “boa cooperação de muitas instituições eclesiais e de fiéis verificada no Haiti”. “Mas a caridade é ainda mais verdadeira e mais incisiva se vivida na comunhão:

“A comunhão testemunha que a caridade não é somente ajudar o outro, mas é uma dimensão que permeia toda a vida e rompe todas as barreiras do individualismo que nos impedem de nos encontrar. A caridade é a vida íntima da Igreja e se manifesta na comunhão eclesial. Comunhão entre os Bispos e com os Bispos, que são os primeiros responsáveis pelo serviço de caridade. Comunhão entre os diversos carismas e as instituições de caridade, porque nenhum de nós trabalha por si mesmo, mas em nome de Cristo, que nos mostrou o caminho do serviço. Seria uma contradição viver a caridade separados. Isto não é caridade. A caridade é um corpo, sempre. Vos convido por isto a reforçar todas as metodologias que permitem trabalhar juntos”.

O Santo Padre destacou então, a importância da Igreja local, pois nela “ a experiência cristã se faz tangível”. “A sua força  – observou Francisco – está na relação pessoal com Jesus na oração, na escuta da Palavra e na frequência aos Sacramentos:

“É necessário que a Igreja no Haiti se torne sempre mais viva e fecunda, para testemunhar Cristo e para dar a sua contribuição ao progresso do país. A este respeito, desejo encorajar os Bispos do Haiti, os sacerdotes e todos os agentes pastorais, para que com o seu zelo e a sua comunhão fraterna suscitem nos fiéis um renovado compromisso na formação cristã e na evangelização alegre e frutuosa”.

A concluir, o Pontífice renovou seu agradecimento a todos, pedindo, para rezar por ele. (JE)

Publicações recentes