Nos passos de Zilda Arns, missionárias dizem ‘sim’ ao Haiti

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Por Rosinha Martins| 26.08.2015|A CRB Nacional – Conferencia dos Religiosos do Brasil e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil enviará outras duas missionárias para compor a comunidade intercongregacional do Haiti. São elas: Irmã Zenaide Laurentina Mayer, da Congregação das Irmãs Franciscanas de São José, que será enviada dia 27 de outubro, durante Celebração Eucarística realizada na Sede da Conferência dos Bispos do Brasil – CNBB. A outra religiosa é Irmã Vanderleia Correa de Melo, da Congregação das Franciscanas de Cristo Rei.

Desde o terremoto que assolou o Haiti em 2010, a Conferência dos Religiosos do Brasil tomou a iniciativa de enviar missionárias,  por meio da Igreja, para colaborar e favorecer um pouco mais de  dignidade às pessoas atingidas e amenizar ou erradicar possíveis dores e sofrimentos.

As missionárias, que se encontram em Brasília como participantes do Curso sobre missão ad gentes, falaram à assessoria de comunicação da CRB Nacional. “A colheita é grande e os operários são poucos. A vida da gente só tem sentido quando doada por grandes causas e esta missão é uma delas”, disse com brilho nos olhos a Irmã Vanderleia.

Natural de Natural de Mariópolis – PR, Irmã Vanderleia tem  dezessete anos de Vida Consagrada. Há seis anos realiza trabalho pastoral em assentamentos, fazendas e pastoral da criança, na cidade de Cocalinho – MT.  Sua expectativa para esta nova missão é que haja troca e experiências e interação com a cultura haitiana.

A resposta positiva de outras missionária que partiram em missão para o Haiti, foi segundo Melo, o grande incentivo para que ela pudesse dizer sim agora. “Esse é o tempo oportuno para mim”, afirma. Formada em artes plásticas e pedagia Vanderleia, assumirá, a partir de março de 2016, projetos relativos ao trabalho com crianças, jovens, formação e alfabetização.

“Vou por causa da minha paixão por ser missionária. Minha vocação nasceu do chamado de uma outra irmã à missão ainda na minha infância. Isso me levou para a Congregação. Minha vocação é religiosa e missionária, embora nunca tenha pensado em missão ad gentes mas agora será.  Desde que a CRB abriu o projeto eu já sentia vontade de ir missão”, contou Irmã Zenaide, natural de Presidente Getúlio – SC.

Sobre suas expectativas em relação à missão, Mayer diz não estar pensando no como será. “Tenho este impulso de ir, aberta a realidade. Expectativa de conviver e dentro da realidade , o que é possível, ajudar, colaborar”.

Formada em psicologia, psicopedagogia e teologia, Irmã Zenaide trabalha como psicóloga e psicopedagoga na área social, projetos sociais, atendendo a famílias, adultos, jovens, crianças, com dificuldades de aprendizagem em questão relacional.  “Sempre trabalhei  nesta área com os pobres”, relata.

A presidente nacional da CRB, Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro falou sobre o significado do envio de mais 2 religiosas. “O primeiro sentimento é de vitalidade da missão que continua despertando pessoas generosas, corajosas, para um pais da América Latina que ainda clama por mais vida, mais dignidade.  Justamente esta comunhão,  – não que o Brasil seja melhor que o Haiti, que é um país de uma cultura maravilhosa, um povo alegre –  quando enviamos missionárias para dar-se a sim mesma em missão, elas acabam recebendo e se tornam mais sensíveis com os pobres. Esse encontro é  de serviço. O lugar da vida religiosa é onde a vida mais clama, que é o grande slogan da nossa vida consagrada na América Latina”, enfatizou.

Zilda Arns – A primeira missionária enviada ao Haiti

Tudo começou com uma conversa, em aéreo,  da então presidente da CRB Nacional, Irmã Márian Ambrósio com a doutora  Zilda Arns, que tinha um projeto eficaz reconhecido pela sociedade brasileira de trabalho na pastoral da criança. Doutora Zilda curou a muitos menores em situações de periferia, aqui no Brasil, com o seu reconhecido e milagroso soro caseiro.

Convencida de que o convite de Irmã Márian, de abrir a pastoral do menor no Haiti seria de grande valor para aquele povo, doutora Zilda partiu para nunca mais retornar à sua terra natal, o Brasil. Disse “sim” e apenas tinha chegado, aconteceu o terremoto que dizimou milhares de haitianos e levou para sempre Zilda. Em processo de beatificação, com certeza será ela a intercessora desta nobre causa, pela qual ela deu a vida.

 

 

 

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