Missionários encerram curso. Novas missionárias são enviadas ao Haiti.

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Por Rosinha Martins| Cerca de 30 missionários e missionárias entre leigos, religiosos e sacerdotes, encerraram ontem o curso de Formação Missionária além-fronteiras, 2013, no Centro Cultural Missionário, em Brasília – DF.  Um dos objetivos do curso é ajudar os missionários a compreender o sentido da  missão ad gentes e seu significado na vida da Igreja.

 De acordo com o diretor do Centro, padre Estevão Raschietti, “o  envio a países e contextos tipicamente missionários. É algo de muito diferente e muito especial em relação a qualquer outra formas de ‘missão’.  Para ele, esse  envio exige da pessoa uma adaptação fora do comum a culturas e línguas locais”.

Padre Estevão fez referência às palavras de João Paulo II sobre a missão Ad gentes: “sem a missão ad gentes, a própria dimensão missionária da Igreja ficaria privada do seu significado fundamental e de seu exemplo de atuação” (RMi 34).

“É, portanto, imprescindível promover e cuidar da formação de quem for chamado a um envio além-fronteiras, até porque a própria igreja de origem vai imensamente se beneficiar com o respiro universal que esses missionários e missionárias vem trazer de volta”, relata.

A dimensão humano-afetiva do missionário; os fundamentos bíblicos da missão; o percurso histórico da evangelização até os dias de hoje; as problemáticas ligadas ao encontro com outras culturas e religiões; os grandes desafios mundiais socioambientais; a teologia da missão no magistério da Igreja; a espiritualidade missionária são os temas que perpassam a formação destes missionários.

Além do estudo destes conteúdos, o curso favoreceu pela primeira vez, ao grupo, aulas de iniciação à aprendizagem da língua inglesa. “O verdadeiro encontro com as diferentes culturas se há através da língua, por isso é muito importante para o missionário que se prepara a sair do país ter uma iniciação prática do que quer dizer estar no mundo do outro”, disse a professora Susana Marques de Oliveira, coordenadora dos cursos de línguas do centro.

 Desde o último terremoto que assolou o Haiti, a Igreja do Brasil, CNBB, CRB e Cáritas têm investido em recursos humanos, materiais e financeiros em vista do resgate da dignidade e da vida dos haitianos.

A CRB envia nos próximos meses mais três  Religiosas ao Haiti, às quais participaram do curso de formação missionária.“O curso nos ajudou a ter experiências profundas de Deus e sentir que somos enviadas. Vamos para ser presença profética e de anúncio. Me sinto muito segura e alegre pela opção que fiz e pelo fato de que vamos juntos. É a Vida religiosa, é a Igreja que está indo. Me sinto muito fortalecida com esta sintonia”, relatou Irmã Rosângela que parte para o Haiti no próximo domingo, 01 em companhia de Irmã Antônia Mendes assessora da CRB Nacional para os projetos missionários.

Irmã Edeneide do Rego, 46, é natural do Piauí e pertence à Congregação das Irmãs Carmelitas da Divina Providência que se prepara para ir ao Haiti nos próximos meses. Para ela, o apelo a ser missionária no Haiti se deu por causa do terremoto. “Minha expectativa é de poder amar aquele povo e ser uma presença forte de Deus no meio deles. O curso  me ajudou a perceber que não existe fronteira quando a gente toma a decisão de sair em missão. Muitas vezes as fronteiras estão dentro de nós e o curso me ajudou a abrir as asas para essa missão”, concluiu.

Para Irmã Maria Câmara, da Congregação das Servas da Santíssima Trindade, o chamado e a certeza de que deveria ser missionária no Haiti se confirmou no Congresso das Novas Gerações da Vida Religiosa que aconteceu em Aparecida no ano passado. “Parece que naquele momento do congresso Espírito falou mais alto e foi um impulso realmente grande na minha decisão de me colocar a disposição para ir para o Haiti. Minha congregação é de origem brasileira e sou a primeira irmã a sair em missão Ad gentes”, narrou.

 

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