Missão, juventude e Vida Religiosa Consagrada são temas da 4ª Semana Vocacional

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Em sintonia com o Ano da Vida Consagrada, o Centro Cultural Missionário (CCM) promove, em Brasília (DF), a 4ª Semana Vocacional Missionária para animadoras e animadores vocacionais. A formação que teve início na segunda-feira, 23, e se estende até o dia 27, é realizada em parceria com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Religiosa da CNBB.

Inspirados no tema “Chamados a despertar o mundo: Evangelho, profecia e esperança”, participam do curso 40 pessoas de todo o Brasil, entre padres, religiosas, religiosos e leigos, com o objetivo de qualificar o serviço de animação missionária.

Padre Estêvão Raschietti, sx, diretor do CCM, e padre Jaime Carlos Patias, imc, secretário nacional da Pontifícia União Missionária, abriram o estudo refletindo sobre “Missão e cooperação missionária: orientações para a animação missionária na Igreja no Brasil”. Em sua exposição, padre Raschietti destacou a importância da dimensão missionária como fundamento intrínseco da animação vocacional. “O animador vocacional é o missionário por excelência: porque Jesus enviou seus irmãos não a fazer obras, mas a fazer discípulos”, afirmou o assessor.

Padre Patias, por sua vez, tratou da importância da articulação entre a animação vocacional e a animação missionária. Ao apresentar o quadro das instituições missionárias no Brasil, reunidas em Conselhos Missionários em âmbito diocesano, regional e nacional, solicitou que os organismos de animação vocacional também fizessem parte dessa articulação. “Animação missionária e animação vocacional precisam caminhar juntas: enriquecem-se reciprocamente, olham na mesma direção, propõem perspectivas de compromisso e de engajamento concreto às generosas juventudes de hoje”.

Assista a reportagem da Rede Vida

Na sequência, padre Valdecir Ferreira, assessor da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB e o padre salesiano, Antônio Ramos do Prado, assessor do setor Juventude da CNBB, apresentaram o dialogo entre a pastoral juvenil e serviço de animação vocacional. “Não existem mais vocações e os jovens não se interessam ou nós não atraímos mais essas vocações?”, questionou padre Valdecir e argumentou: “Trabalhamos a mudança de mentalidade, a sensibilidade vocacional, uma nova prática e pedagogia vocacional. Percebemos que a missão é colocada como um fim e não como um processo. Precisamos recuperar a missão como um itinerário”.

No terceiro dia, 26, foi a vez da irmã Zenilda Petry, IFSJ, assessora da CRB Nacional, falar sobre a vocação profético-missionária da Vida Religiosa na Igreja e no mundo hoje. Num estilo mais reflexivo Irmã Zenilda foi conduzindo os participantes por trilhas bíblicas, percorrendo a vocação dos profetas. “Tomei como percurso o profeta Elias, porque faz um processo de amadurecimento a partir do cuidado da viúva e do órfão e vai até a experiência mais profunda de Deus. É um caminho espiritual e místico referencial para a Vida Religiosa Consagrada. Sua identidade é tornar-se transparência de Deus no mundo, porque esse divino é por si só profecia”, disse a religiosa.

Para a Irmã Maria Dolores Silva, das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, de Curitiba (PR), a Semana de Formação é uma ocasião de aprofundamento e partilha, de crescer para ampliar os horizontes da animação vocacional. “O maior desafio é descobrir o que o jovem de fato está buscando. Temos propostas, mas não é isso que os jovens querem de nós. Portanto, é preciso mudar a mentalidade, viver uma nova cultura para perceber as linguagens dos jovens hoje”.

Irmão Mauro Mauricio dos Santos, dos Irmãozinhos da Visitação de Charles de Foucauld, na Cidade de Goiás (GO) é da mesma opinião. Para ele a Vida Religiosa consagrada é chamada hoje a despertar o mundo, a não se resignar ao pessimismo. “O ponto que mais ressalto é a caminhada da Vida Religiosa em termo de missão, de entrega, de derrubar muros. O maior desafio é chegar aos jovens, ou melhor, permitir que os jovens cheguem a nós. Temos ainda muitas cascas que impedem esse encontro”, observa o Irmão.

Enfim, segundo a leiga consagrada Rafaeli Gonçalves de Meira, do Instituto Secular Sagrado Coração de Jesus, de Tabaporã (MT), a dinâmica da Semana serviu para adquirir conhecimentos novos, ampliar os horizontes de missão, de animação vocacional, através particularmente o trabalho em grupo, as partilhas, os intercâmbios. “É preciso que nos animemos pessoal e comunitariamente. Temos que ser animados por Jesus Cristo para animar outros jovens e estar decididos por Ele”, disse.

No último dia do curso, serão traçadas propostas concretas de ação para o trabalho vocacional missionário, aplicadas à realidade de cada participante.

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Fonte: CCM

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