“Evitar a classificação de dignidades na Vida Consagrada e na Igreja. O batismo nos torna iguais”, afirma teólogo

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Por Rosinha Martins|03.03.2016 | A expressão é do teólogo e professor da Puc-marista de Curitiba e religioso dehoniano, padre Marcial Maçaneiro. Ele foi um dos interventores no encontro da Vida Consagrada com o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica do Vaticano, do João Braz, Cardeal de Aviz. O evento reuniu cerca de 600 religiosos de todas as regiões do Brasil, no Santuário da Misericórdia, dos padres Marianos, em Curitiba-PR.

Para Maçaneiro, a Vida Consagrada e a Igreja em geral,  precisa evitar a classificação de dignidades. O batismo torna a todos iguais e os discípulos de Jesus são chamados a ser servos. “Temos uma vocação batismal e não podemos fazer este jogo classista de dividir ou classificar dignidades na Igreja por função. Estamos a serviço. A dignidade é o batismo e os nossos votos é a forma radical, profética de expressá-lo. Nele, todos somos iguais”, atestou.

Segundo o teólogo, as suas intervenções foram como um eco às provocações de dom João Braz de Aviz. “Eu entendo como uma escuta atenta do magistério do Papa Francisco. Em primeiro lugar, uma volta às fontes. É próprio da Vida Consagrada ler os sinais dos tempos e se situar novamente, reler o que o Espírito Santo disse aos carismas originais e não ter medo de construir o futuro”. Não é olhando para o passado, acrescenta, “e só fazendo avaliação que renovaremos a Vida Consagrada, mas é olhando quais os sinais do futuro que Deus nos constrói e dos quais podemos já ler agora e começar a caminhar na direção”.

A vida consagrada é chamada, portanto, conforme padre Marcial, “a absorver melhor o ‘hoje de Deus’, se distrair menos, ter mais sobriedade, profetismo, rever questão de gestão, respeitar Novas Gerações, olhar novos cenários, se concentrar na vida comunitária. “Não adianta fazer saída missionária se não se encontra em casa. Só assim os consagrados e consagradas terão a condições de se deixar encontrar pela graça ativando tudo que Deus já semeou”, afirmou.

Para a colheita desta semeadura, Marcial sugere uma preparação fundamentada nas dicas de Francisco. “Saída missionária, acolhida da diversidade que compõe as comunidades, o aprimoramento das nossas habilidades. As novas gerações, cultura da mídia, os refugiados, novas formas de pobreza e uma crise de nas pessoas, os sinais dos tempos, são apelos que exigem dos consagrados, preparação do ponto de vista humano.

Veja imagens do evento.

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