“Estar atentos à voz de Deus e ser suas testemunhas”, diz Cardeal de Aviz

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Por Rosinha Martins| 03.03.2016 | Uma Celebração Eucarística, presidida pelo prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica do Vaticano, dom João Braz de Aviz e concelebrada por vários sacerdotes, marcou o início das atividades na manhã desta quinta-feira.

Dom João, em sua homilia, versou sobre os textos da liturgia da Palavra de hoje e frisou o tema da aliança que Deus faz com seu povo, não obstante a sua tendência à infidelidade.

Escutar a Palavra e comprometer-se

Ao direcionar a reflexão para os Consagrados, disse que, em tempos atuais se faz necessária a escuta atenta da Palavra de Deus que se manifesta e o comprometer-se com a mesma traduzindo-a em atitudes que manifestem ao povo a presença misericordiosa do Senhor.

Recordou à assembleia, a aliança que Deus fez com Abraão, Moisés e os profetas e como estes responderam fielmente à voz do Senhor transformando a realidade na qual viviam. “Deus concedeu a pessoas bem precisas ouvir a sua voz. Deus pode falar a Abraão porque ele tinha ouvidos para escutar. Não deixou cair a palavra em vão, embora tivesse dificuldades de compreender as promessas de Deus”, disse.

Com Moisés não aconteceu diferente. Atraído por um fenômeno que ele não para o qual não tinha explicação, aquele da sarça ardente, onde novamente Deus faz ouvir sua voz. “E Deus não desiste de Moisés: conduz, ensina, dá coragem, sustenta. Somos herdeiros do Filho, acrescentou, “somos incluídos na sua herança. Nós temos a presença de Deus concreta, encarnada em nosso meio e a temos para sempre”.

A necessidade da profecia

Segundo dom João, uma sociedade marcadamente laica, colabora para que os cristãos de maneira geral e os consagrados não tenham coragem de demonstrar a sua fé claramente. “Pior é que estamos amordaçados, ouvimos a voz de Deus e não reagimos, não temos coragem, não brigamos, não vamos atrás”, afirmou.

Ainda, de acordo com o cardeal, há uma resistência em ouvir a voz de Deus. “Tantas vezes somos conduzidos pelos nossos silêncios ou pelas construções mentais ou interpretações que facilitam nosso modo de pensar”. É preciso, acrescentou, “deixar que esta voz entre o coração, no fundo, e mexa com tudo que temos. Como seria bom não reservarmos espaços para nós mesmos, e nos deixarmos carregar por Deus. É um trabalho que dura uma vida. É Ele que faz este trabalho em nós, porque Ele fala e prepara o nosso coração para responder, mas é preciso estar atentos. Maria estava atenta e provocou a maior revolução da história”.

A passagem pela Porta Santa: Dar passos para a santidade

“Hoje passaremos pela porta Santa. Não pensemos que passar pela porta santa faz alguma coisa em nós. Mas há uma coisa que pode ser feita em nós que a porta santa nos sinaliza: mover o nosso coração em direção da fé em Jesus, colocar toda a nossa vida em suas mãos”.

O testemunho do Papa Francisco

Ao insistir com os religiosos para que avancem sem medo, porque Deus os ama incondicionalmente, Dom João destacou o Papa Francisco como testemunha de um Deus misericordioso pela sua forma de ser e agir. “Ele não nos ensina um Deus que está sobre nós de forma autoritária, mas um Deus que, de fato, nos ama. Confesso que depois que ele (Francisco) chegou em Roma, até melhorei minha saúde”, garantiu.

Dom João encerrou sua homilia, pedindo aos consagrados que estejam atentos à voz de Deus. “Se negamos os sinais e não escutamos a Deus, nos levamos aos outros. As pessoas não precisam do meu protagonismo, mas da presença de Deus. Quem passar pela porta santa, dê também um passo para a santidade. Ele te ama, continuará te amando como amou o povo de Israel e o salvará no final”.

Assista parte da missa matinal desta quinta

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