Por Rosinha Martins| 09.04.13| Religiosos e Religiosas que atuam no serviço de animação vocacional várias Congregações, participam da 2ª Semana Vocacional Missionária que acontece em Brasília, no Centro Cultural Missionário de 08 a 12 de abril. O evento é uma organização do Centro Cultural Missionário, da CRB Nacional- Conferência dos Religiosos do Brasil e das Pontifícias Obras Missionárias.
As reflexões da 2ª Semana Vocacional giram em torno dos temas: “Teologia da vocação, Cultura Vocacional e Missão, sob assessoria do assessor executivo para as Juventudes da CRB Nacional, frei Rubens Nunes da Motta, OFMcap, e o diretor do Centro Cultural Missionário, o xaveriano, pe. Estevão Raschietti.
“Estamos refletindo sobre a dimensão da teologia e cultura vocacional a partir da questão missionária, o conceito de missão e o contexto do discipulado missionário para o animador e animadora vocacional”, disse o frei.
Frei Rubens afirmou ainda que dentro do tema Cultura vocacional, serão destacados três atitudes fundamentais para uma animação vocacional eficaz: o cuidado com o cuidador, observação e atenção ao cenário das juventudes na sociedade atual e a consciência de que quem promove a vocação é Deus e o papel da pessoa é só o de animar a vocação do outro.
“Na cultura vocacional temos 3 grandes momentos: Cuidar do cuidador, que significa verificar como está o processo de caminhada do animador/animadora vocacional, ou seja, o cuidado com a própria vocação, de se perceber cuidador do seu próprio processo; observação do cenário das juventudes, a configuração atual e como o chamado divino ainda é possível hoje; a teologia vocacional, observando a cultura vocacional. Deus na sua onipotência é quem promove a vocação, e a nós, somos responsáveis pela animação e o trabalho do discernimento vocacional, concluiu.
Para padre Estevão, a semana de formação vocacional tem como objetivo frisar a proposta missionária e cultura vocacional hoje. “A proposta missionária diz respeito à vocação da vida religiosa no mundo atual. Nós precisamos reconfigurar as nossas estruturas, as nossas constituições, nossas regras, a nós mesmos como pessoas, como religiosos e religiosas consagradas em vista da missão, para poder envolver outras pessoas efetivamente na missão ad gentes, estar nas fronteiras e além-fronteiras”, relatou.
Segundo o assessor, a missão está implícita no chamado que Deus faz e vai muito mais além do simples fazer em um momento da vida uma experiência missionária em algum campo de missão. “ Hoje a vida religiosa no seu conjunto, na Igreja, é chamada ainda mais a assumir esses compromissos que requerem uma consagração, uma vida dedicada. Não se trata de fazer uma simples experiência na missão mas colocar toda a vida à disposição, requer qualidade de ordem intelectual, física. Quanto mais radical colocarmos a proposta missionária, mais efetiva se torna a proposta vocacional”, narrou.
Irmã Edileuza da Congregação das Irmãs Josefinas, Rio Branco, Acre, é animadora vocacional e participa da formação. “O encontro está valendo, porque me ajuda a aprofundar sobre minha identidade, quem sou eu como animadora vocacional, para que eu possa me perceber como religiosa e a partir daí perceber o processo do jovem, da jovem que eu acompanho. Não conseguimos transmitir aquilo que não amamos. Se não me sinto realizada como religiosa, não posso ajudar nenhuma jovem a fazer esse processo de discernimento da sua vocação”, ressaltou.
A Semana Vocacional Missionária termina no próximo dia 12.