CRB Nacional pede que ANEC não perca de vista os empobrecidos

Compartilhe nas redes sociais

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no telegram
Telegram

“Que a ANEC não perca de vista os empobrecidos e de modo particular aqueles que no processo de ensino aprendizagem tem mais dificuldade de aprender”, disse padre Orestes Carlinhos Fistarol, membro da diretoria nacional da CRB, na V Assembleia Geral Eletiva da Associação Nacional de Educação Católica que aconteceu em Brasília.

Por Rosinha Martins| 29.09.14| A CRB  Nacional participou da V Assembleia Geral Eletiva da Associação Nacional de Educação Católica (ANEC), de 22 a 24 de setembro, representada pelo salesiano, membro da diretoria nacional da CRB, padre Orestes Carlinhos Fistarol. Entre outros, o evento teve como objetivo, eleger a nova diretoria da Associação para o triênio 2014 -2017.

Participante da mesa na manhã da terça, 23, padre Orestes saudou, em nome da presidente nacional, Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, a nova diretoria da ANEC, assegurando todo o apoio da Conferencia dos Religiosos do Brasil. “Isto porque  temos uma implicância mútua muito grande em relação à nossa missão”, disse. Agradeceu, também, a diretoria cessante e o conselho superior pelo trabalho que realizaram na organização, na estruturação e também na projeção da ANEC em âmbito nacional, representando a educação católica no país.

Em nome da CRB Nacional, padre Orestes pediu à  ANEC que leve adiante e persiga alguns desafios que devem ser enfrentados  também no âmbito da educação, a saber: o esforço para a retomada ao Núcleo Identitário: a dimensão da profecia e a dimensão do laicato. Isto,  em vista da fidelidade à missão confiada pela Igreja à Vida Consagrada, uma vez que as Escolas Católicas no Brasil estão, a maioria, nas mãos dos Religiosos e Religiosas.

1. Esforço para a retomada do Núcleo Identitário

“O esforço para a retomada do Núcleo Identitário vale para as escolas porque nossas instituições precisam, em primeiro lugar, se reportar às suas origens. E elas tem sua  origem em grandes homens e mulheres sonhadores e sonhadoras que esperavam um mundo melhor, no fundo, a concretização do Reino.

As Instituições Católicas têm um fundador, uma fundadora que, inspirados por Deus, as suscitaram. Então, reportar-nos às origens é sempre algo fundamental e um exercício que precisamos fazer continuamente.

Ao mesmo tempo, refletir sobre esta dimensão da identidade significa, também, definir quem somos hoje e isso é algo também desafiador porque o contexto muda constantemente. Precisamos constantemente redefinir e  redimensionar as nossas instituições educativas para que sejamos fiéis à missão. Isso implica em que  a ANEC  não perca de vista os empobrecidos e de modo particular aqueles que no processo de ensino aprendizagem tem mais dificuldade de aprender

Essa reflexão sobre a própria identidade da Escola Católica significa também,  pensar em termos futuros, para onde vamos, o que significa pensar e projetar,  tendo presente os grandes desafios que temos a enfrentar na educação, na evangelização das crianças e dos adolescentes e dos jovens”.

2. A dimensão da profecia

“De  que forma podemos ser profetas dentro das Instituições católicas? Trata-se  de um novo tipo de relação na comunidade educativo-pastoral. Uma relação que é fruto de um acompanhamento, na ótica da fé, sem perder de vista a criança, o adolescente e o jovem, gerando uma nova consciência formada a partir dos valores do Evangelho. A Escola Católica, a meu ver, pode ser essa profecia no mundo de hoje que se destaca, sobretudo, pelo acompanhamento da criança, do adolescente, do jovem e de todos aqueles que participam da vida pastoral por um novo tipo de relação,  formando uma nova consciência. E esta,  pautada pelos valores do evangelho para que aquele educando que entra, depois de vários anos que está dentro dela,  não saia do mesmo jeito, mas com uma nova consciência dando sua colaboração na construção de uma sociedade melhor”.

3. A Dimensão do Laicato

“Na realidade, o leigo e a leiga que compartilham da nossa missão não são suplentes nos nossos serviços,  meramente colaboradores, mas são, realmente co-responsáveis com a nossa missão. Não estão dentro das nossas instituições porque somos menos religiosos e religiosas, em termos numéricos, mas estão conosco  porque também sentimos a necessidade de compartilhar o nosso carisma com eles e é nesse sentido que se tornam co-responsáveis, colaboradores dentro das nossas instituições  educativas”.

Ao final de sua colocação, padre Orestes exortou, ainda, à ANEC que intensifique o diálogo entre a Associação de Educação Católica e o governo brasileiro para as grandes questões que dizem respeito, em especial, à área educativa. Pediu, ainda, que a diretoria trabalhe numa linha de aprimoramento  das conquistas feitas no decorrer  da história da ANEC até então e não numa perspectiva de ruptura, pois esta seria muito danosa, mas numa linha de acolhimento e qualificação do trabalho”.

Presidenciáveis participaram de um dia de diálogo com a ANEC para apresentarem seu programa de governo e suas propostas em relação à educação, conversa esta, considerada por padre Orestes, como positiva.

“Além de poderem apresentar suas propostas em relação à educação, tiveram a possibilidade de dialogar conosco. Gostei do posicionamento da presidenciável, Marina da Silva, da presença do ministro da educação Paim, homem técnico que conhece á área. Ele  me impressionou e eu o considero bastante equilibrado na forma como está gerindo a educação em âmbito nacional em nome do governo federal”, afirmou.

Para padre Orestes,  Paim poderá ser, – por sua capacidade e escuta -,  um grande interlocutor da Associação Nacional de Educação Católica, tendo presente a missão da Educação Católica.

Fonte: CRB Nacional

Publicações recentes