Copa do mundo x Tráfico de Pessoas: “Jogue a favor da vida”

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Mercado de gente aquece nas Copas do mundo pela grande circulação de dinheiro e preocupa governos, organizações não-governamentais, religiosas e civis.

Por Rosinha Martins | 15.11.13| Cerca de 150 religiosos e religiosas do Brasil e representantes da Alemanha, Colômbia, Bolívia e Uruguai lançaram na tarde desta sexta, 15, em Brasília-DF, a campanha “Jogue a favor da vida”, que tem como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a problemática do Tráfico de Pessoas em grandes eventos como a Copa do mundo. A Campanha é uma organização da Rede um grito pela vida, formada por religiosas e religiosas, que tem abraçado a prevenção do Tráfico de seres humanos em nível nacional.

Durante o lançamento da Campanha a coordenação deixou claro o significado da logomarca:as mãos, presentes na logomarca da Rede, revelam o símbolo de força e vida;  a bola deixa explícita a ligação com o esporte, destacando o futebol, paixão nacional que movimenta esses eventos no mundo; o verbo jogar, no imperativo tema intenção de estimular a ação, uma reação; o outro verbo ‘denuncie’, que se apresenta como sinônimo associativo do verbo jogar convida para um ato de amor e justiça, à saída da inércia para a colaboração. Para jogar, basta denunciar.

A coordenadora, Irmã Eurides de Oliveira falou sobre a importância e o significado do lançamento de uma campanha como essa. “É uma alegria coletiva. Para a Rede Um grito pela vida, lançar a Campanha de prevenção ao Tráfico antes e durante a Copa de 2014 é uma oportunidade singular para o crescimento da visibilidade do problema do tráfico, momento de contribuir para coibir o seu crescimento e chamar a atenção da população para este crime que existe em dimensões tão abrangentes, mas que é bastante invisível para a sociedade”, afirmou.

De acordo com Irmã Eurides, outras organizações, núcleos de enfretamento do tráfico, a Pastoral do Menor, Instituto São Tomás de Aquino dos Jesuítas de Belo Horizonte, a PUC de Minas, a Pastoral do Menor, a Universidade do Vale do Rio dos Sinos- RS (UNISINOS), a Cáritas Internacional e o Ministério da Justiça são os parceiros para a eficácia dessa Campanha que também será lançada de forma aberta para a toda a sociedade no início de 2014.

A coordenadora disse ainda que se trata de uma campanha de prevenção e informação. Material impresso com as devidas orientações do conceito de tráfico, de como se prevenir serão distribuídos nas rodoviárias, nos ônibus, nos aeroportos, nos hotéis das cidades que sediarão a Copa. Os trabalhos iniciam de 18 de maio de 2014 até final do evento.

Além da campanha, foi lançado o primeiro livro da Rede. Trata-se de um subsídio formativo sobre o tráfico de pessoas. “É uma coletânia de textos escritos com a colaboração de vários autores, integrantes da rede, parceiros e colaboradores, com enfoque sociológico, eclesiológico, bíblico e uma coletânia de textos, orações  relativos à mística dos nossos encontros, além de uma orientação pedagógica para a capacitação de mutiplicadores”, relatou Irmã Eurides. Para aquisição do livro, o interessado/a deve procurar os núcleos da rede ou a CRB Nacional-Conferência dos Religiosos do Brasil. A Assembleia da Rede, que acontece a cada 2 anos, encerra no domingo, 17.

Como se proteger do Tráfico de Pessoas

A CPI do Tráfico de Pessoas da Câmara dos Deputados, lançou um informativo com instruções muito importantes de como se livrar desta armadilha

Fique atento!

  • Desconfie de casamentos arranjados por agências e promessas de trabalho com altos rendimentos ou ganhos fáceis;
  • Não aceite contratos e promessas de emprego sem informações suficientes. Procure se informar com as referencias pessoais e profissionais do seu contratante;
  • Se viajar para o exterior, leve sempre uma cópia autenticada do passaporte e guarde-o separadamente;
  • Desconfie se alguém pedir par guardar seus documentos pessoais. Mantenha-os sempre em seu poder;
  • Os consulados e embaixadas do Brasil no exterior existem para ajudar você, independente se sua situação é regular ou não;
  • Tenha os números de telefones importantes à mão e aprenda a fazer ligações locais e internacionais;
  • Mantenha contato constante com alguém da sua confiança no seu país de origem, informando sempre onde e com quem você está, para onde está indo quando estará de volta;
  • Informe aos familiares mudanças de endereço ou de telefone.

Denuncie

Se você tem informações ou suspeitas de casos de tráfico de pessoas ou outra violação aos direitos humanos, ligue:

  • 180 para a central de atendimento à mulher;
  • 100, para denunciar violações aos direitos humanos.

 

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