#Luta pela Vida
Uma representação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fará uma visita ao acampamento Luta pela Vida, em Brasília, às 13h desta terça-feira (24), em solidariedade e apoio aos milhares de indígenas de todas as regiões do Brasil que estão mobilizados na capital federal em defesa de seus direitos.
Participam da visita ao acampamento dos povos indígenas o presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, o secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella, e o presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), secretário da Rede Eclesial Pan-Amazônica – Repam-Brasil e arcebispo de Porto Velho (RO), Dom Roque Paloschi, Ronilson Costa e Carlos Lima da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra.
Da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), a presidente, Ir. Maria Inês Vieira Ribeiro, mad, também leva o apoio e a solidariedade de milhares e milhares de religiosos e religiosas. A CRB está “onde a vida clama”.
Mais de 5 mil indígenas, de 117 povos de todas as regiões do Brasil, se fazem presentes na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, de 22 a 28 de agosto.
O que desejam os indígenas
Segundo o coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Dinamam Tuxá:
“É importante destacar também, que nosso acampamento desenvolveu uma série de protocolos sanitários, dedicados a reforçar as normas existentes da OMS. Todos os indígenas que estão no acampamento devem ser vacinados, obrigatoriamente para poder acompanhar nosso acampamento. Nos sentimos obrigados a nos fazer presente em Brasília, neste cenário tão desolador que está sendo promovido tanto pelo Congresso Nacional, mas principalmente pelo Governo Federal no que tange o direito dos povos indígenas. Mediante a isso, nós mobilizamos nossas bases para estarem presentes nesse momento, no período de 22 à 28 de agosto, em Brasília, na luta pelos direitos dos povos indígenas, principalmente garantindo o nosso bem-viver e dos nossos territórios.”
Marco temporal
Mais de 160 mil pessoas assinaram carta ao STF contra marco temporal e pedindo proteção dos direitos indígenas.
Na tarde desta terça-feira (24), véspera do julgamento que definirá o futuro das demarcações de terras indígenas no Brasil, lideranças do acampamento Luta Pela Vida irão fazer a entrega simbólica da carta aos ministros, após uma caminhada até a Praça dos Três Poderes.
A carta foi inicialmente assinada por 301 pessoas, entre as quais artistas, juristas, acadêmicos e diversas personalidades brasileiras, e protocolada no STF no dia 24 de junho por lideranças indígenas que participam do acampamento Levante Pela Terra, em Brasília.
“A aceitação do marco temporal resultaria em uma negação significativa de justiça para muitos povos indígenas que buscam o reconhecimento de seus direitos tradicionais à terra. De acordo com a Constituição, os povos indígenas têm direito à posse permanente das terras que tradicionalmente ocupam”, disse uma liderança. A afirmação reforça a relevância e a necessidade de defender o direito dos povos indígenas a seus territórios.
Leia a carta na íntegra: https://bit.ly/3j8L0Qe