Semana Social Brasileira e Grito dos Excluídos contribuem para superar desigualdes

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A realização da 5ª Semana Social Brasileira, logo após a Jornada Mundial da Juventude e em consonância com a 19ª edição do Grito dos Excluídos, que acontece todos os anos no dia 07 de setembro, Dia da Independência do Brasil, fortalece o debate sobre o papel do Estado e as manifestações ocorridas nas ruas do país nos últimos três meses. Em entrevista à jornalista Jane Freitas, da Cáritas Regional Ceará, assim o padre Nelito Dornelas, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e coordenador da Semana Social Brasileira, destaca a contribuição que tais movimentos estão dando para contribuir com a superação da contradição fundamental existente na sociedade brasileira, que é obrigada a conviver com a aberrante contradição de ser a 6ª potência econômica mundial e apenas a 184ª em desigualdade social.

Dornelas afirma que, com o lema “Juventude que ousa lutar constrói um projeto popular”, os movimentos sociais, como a Semana, o Grito, a Jornada e as próprias manifestações de rua, buscam resgatar e ampliar os mais variados gestos de construção de um novo Estado. “Queremos que o Estado brasileiro se coloque a serviço da sociedade, para que esta seja fortalecida e promova o bem comum. Como novos sujeitos sociais, as juventudes exigem novas estruturas de participação democrática, sustentado a democracia direta como forma legitima de governo da sociedade brasileira. A convergência de todas estas manifestações poderá significar um basta à existência de um Estado mantenedor das políticas gerenciadas de costas viradas aos legítimos anseios de uma nação”, ressaltou.

Para ele, a quinta Semana Social brasileira conseguiu atingir todos os estados da Federação com criatividade, envolvendo escolas, universidades, câmaras municipais, assembleias legislativas, pastorais sociais, movimentos populares e, sobretudo, os vitimados pelas políticas desenvolvimentistas do Estado. “Cabe um destaque especial à participação dos indígenas, das comunidades tradicionais, dos quilombolas, pescadores artesanais, vazanteiros, fundo e feixe de pasto, das quebradeiras de coco, das vitimas das atividades mineradoras e das obras da copa, das juventudes e das pastorais sociais. Como produto final, teremos um bom diagnóstico da realidade brasileira com a tomada de consciência do despertar de novos sujeitos sociais”, acrescenta o coordenador.

Dornelas assinala ainda que esta Semana Social se diferencia das outras porque, ao debater sobre o Estado, todas as questões sociais apontadas se encontram e se reconhecem em um único e maior elemento originário de todas elas: a estrutura excludente do Estado brasileiro. Na sua avaliação, nas cinco edições das Semanas Sociais houve um crescente aprofundamento nos debates, culminando na compreensão das raízes da problemática social brasileira. A primeira Semana debateu o mundo do trabalho, a segunda a exclusão social e os novos sujeitos e protagonistas, a terceira as dívidas, a quarta a sociedade brasileira e a quinta, agora, o Estado.

Veja entrevista na íntegra

fonte: Adital

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