Secretário-Geral da CNBB fala às Novas Gerações da Vida Consagrada

Compartilhe nas redes sociais

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no telegram
Telegram

Por Rosinha Martins| Por ocasião do 3º Congresso das Novas Gerações da Vida Consagrada, o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, Ofm, presidiu uma das celebrações eucarísticas e falou aos jovens. Chamou a atenção para temas atuais relativos à Vida Consagrada como o chamado vocacional, à vida comunitária e à missão.

Ao se referir ao Evangelho, o bispo falou da capacidade de atração que Jesus causava nas pessoas que o rodeavam. “Ele é uma pessoa que atrai, que fascina, que causa admiração. A admiração é tanta que Ele precisa tomar uma certa distância. E essa admiração faz-se escuta. É bonito demais que essa admiração, o fascínio faça escutar”, disse.

A escuta causada pelo fascínio, segundo dom Leonardo, é transformadora, porém, escutar é uma atitude exigente. “Algumas pessoas que lá estavam, não escutavam, pois estavam ocupados em lavar as redes depois de uma noite inútil de trabalho. Mas no escutar e no não escutar, de repente escutam. É um convite: voltar ao trabalho, interromper a lavação e buscar águas mais profundas”, acrescentou.

Dom Leonardo convidou os jovens a não ter medo da profundidade. “É lá na profundidade que está o fruto que só vem depois de remar muito e buscar outro lugar onde a gente não imaginava chegar, uma outra meta que não é a minha. Lá está o fruto, lá está a gratuidade dos fruto. É por isso que Pedro se apercebe, se joga diante de Jesus, reconhece e se torna admirador, fascinado”.

Ainda de acordo com dom Leonardo, o texto chama a atenção da Vida Consagrada para a questão da vida comum, do viver em comunidade, elemento este fundamental na Vida Consagrada. “O encontro é só, mas o trabalho é comum, a vida é comum. Chamar os outros não só para recolher, mas para lançar as redes. É preciso fazer comunitariamente, fraternalmente. O texto é todo uma provocação. No final diz: “De hoje em diante serás pescador de homens”. Aliás, para nós que somos da vida consagrada, este texto é fascinante.

Os congressistas foram questionados pelo bispo sobre as razões que os mantém na Vida Consagrada. “Não fomos também nós atraídos, atraídas? Também em nós não despertou um fascínio? Que outra razão teríamos cada um de nós para estarmos na Vida Consagrada? Haveria outro motivo
para sermos mulheres que seguem o Evangelho deste modo, uma vez que há tantos modos dentro da Igreja? Haveria  uma outra razão, um outro fundamento para sermos homens que tentam seguir Jesus, senão o fascínio, o encantamento, a atração?”, questionou.

Ainda, segundo o secretário-geral, é preciso, ao lançar as redes, na cotidianidade da vida, deixar-se atrair por Jesus, pois sem esta, o coração se esvazia e se perde as razões da opção, o caminho. “No entanto, esta atração nos conduz para onde? Para a profundidade. É exigente, é caminho, uma vida inteira para se deixar atrair,  buscar a profundidade. Uma vida inteira  para sair e amar, entregar-se na busca de começar tudo de novo, mesmo quando a gente achar que nada mais vale a pena, tudo de novo, mas para a profundidade”, afirmou.

Ao final da homilia, dom Leonardo lançou um outro questionamento aos jovens sobre o seguimento de Jesus na atualidade e garantiu que Jesus de Nazaré, na sociedade hodierna, tem um rosto bem definido. “A que Jesus eu tenho? Quem é o meu Jesus? Aquele que eu construi ou o Homem de Nazaré, ou o Homem da Misericórdia? Estamos no Ano da Misericórdia. Aquele que é capaz de ver as dores e o sofrimento? Aquele que é capaz de sair ao encontro da viúva? Aquele que é capaz de deixar-se tocar pelos leprosos?  E quantos leprosos nas nossas periferias existenciais de hoje!”.

Dom Leonardo encerrou sua homilia, pedindo aos consagrados que se deixem, também, escutar pelos mais velhos, por causa da sabedoria de vida que carregam consigo. “Por que nós os admiramos? Eles tem caminho, tem sofrimento, tem dúvida. Mas tem também entusiasmo. Não tiveram medo das suas dificuldades afetivas, sexuais, não tiveram medo das dificuldades de evangelizar, de falar, buscaram sempre de novo caminhos. Quando assim for, seremos sempre de novo transformados. Para isso, abramos, escutemos a Palavra de Deus e ela sempre de novo despertará em nós, um fascínio transformador, vigoroso e a cada manhã nos disporemos. “Aqui estou. Envia-me!”

Em breve acesse aqui a íntegra da homilia.

Veja imagensdo Congresso

Mais imagens no facebook da CRB Nacional

Publicações recentes