Religiosos manifestam suas impressões sobre Congresso

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Por Egnalda Rocha| 09.04.15|O Congresso da Vida Consagrada, que acontece em Aparecida – SP, está envolvendo os participantes. Alguns expressaram seus sentimentos e impressões, a cerca de experiências vivenciadas, com tudo o que veem e discutem nos pequenos grupos, no evento.

Eurides Alves de Oliveira-icm, coordenadora nacional da Rede Um Grito pela Vida, da CRB, que atua na prevenção contra o Tráfico de Seres Humanos. Engajada em causas humanas, ela afirma que o Congresso aponta para a solidariedade. “É um momento histórico de volta à radicalidade do evangelho, na perspectiva do empobrecido, assumir a nossa missão de ser presença de Deus junto aos sofredores. Não podemos perder o que a realidade nos apresenta. São as novas fronteiras e nelas temos rostos que clamam nossa presença”, destacou. Além do Tráfico Humano, Irmã Eurides reiterou a necessidade da Vida Consagrada marcar presença mais efetiva na luta pelos direitos humanos. “Espero que o Congresso ratifique essa preocupação. Há muitas categorias que carecem da nossa presença: dependentes químicos, pessoas em situação de rua, e tantos outros. Precisamos investir também, nossa postura profética, na causa da democracia, que também corre risco, nessa atual conjuntura”.

 Irmã Mercedes Casas Sánchez, presidente da Confederação Latinoamericana e Caribenha e Caribenha de Religiosos e Religiosas, representa centenas de Congregações  Religiosas e acompanha de perto sua caminhada, seus desafios e esperanças. Atenta a todas as falas, reflexões e iluminações, ela comenta suas impressões a cerca do evento. “É uma oportunidade de revitalização da esperança, de crença na força da pequenez que nos força  a uma nova maneira de nos fazer presentes, no mundo de hoje, a partir da proposta mistagógica”. Aliás, mistagogia, palavra que ainda soa estranha, aos ouvidos da maioria das pessoas, sempre fez parte da prática da espiritual cotidiana da Vida religiosa Consagrada, porque é uma evocação e um apelo de mergulho ao mistério .

 A juventude, embora não seja maioria, também marca presença. Evanderson Luis de Abreu, noviço Xaveriano de Hortolândia-SP, disse que é uma experiência muito boa, um momento de partilha. “É a vivência da intercongregacionalidade e a partilha dos carismas que nos reanima neste ano da Vida Consagrada”. Já seu colega Carlos Eduardo dos Santos Amorim sentiu falta da presença jovem e criticou a falta de propagação por parte das casas de formação, na promoção do evento.  “O que fica a desejar aqui, é pouca presença da juventude religiosa e casas de formação, propagar e promover a presença da juventude religiosa”. Ao final Amorim sugeriu à  CRB realizar um encontro com a juventude religiosa.

Cristiane Inês Schwabe é natural de Santa Catarina, mas atua como missionária da Fraternidade Esperança em e Fortaleza. Ela afirma que a experiência está sendomuito positiva, nos sentido de a Vida Religiosa do Brasil, dar uma parada e lançar uma olhar sobre a qualidade da sua consagração, dos seus institutos, mas também um olhar mais ampliado como um grande instrumento, para a construção do reino de Deus. “Esse encontro com diversas pessoas e os momentos de reflexão, nos ajudam a lançar esse olhar mais aprofundado mergulharmos no mistério. Acho que será a grande contribuição, para fortalecer-nos pessoalmente na consagração e nos fortalecer como Vida consagrada, para caminharmos com esperança, com paixão por Jesus e pelo seu povo”, concluiu.

A Vida Religiosa tem muitas expressões e rostos, característica própria da criatividade do espírito. O Congresso se tornou nesses dias o ponto de encontro, a fonte onde todas elas vem saciar sua sede de renovação. É o caso da monja Cícera P. da Silva de Osasco.  Ela afirma que sair do mosteiro para esse encontro tem lhe proporcionado uma grande alegria. “É um momento de renovação da esperança na Vida Consagrada. Levo daqui muita esperança para o nosso futuro e uma profunda confiança em Deus’, declarou feliz a monja passionista.

Outro grupo expressivo que marcou presença no Congresso foi o das Irmãs Servas de Maria Imaculada, mais conhecidas como Irmãs Ucranianas, da cidade de Prudentópolis – PR. “O Congresso está uma maravilha, é uma oportunidade única de renovação, um retiro espiritual. Creio que todo o grupo vai levar daqui, força e energia renovada, para dar continuidade à missão que já faz”, declarou Irmã Teresa Sitko. Ela acrescentou que o evento confirma a opção pelos necessitados que elas atendem.

“Na nossa cidade há muita gente desempregada, doente e idosos, que precisa de uma palavra de esperança, e os nossos idosos só falam em ucraniano. Eles precisam de uma palavra de esperança, de quem os ouça e é o que procuramos fazer”, acrescentou a Irmã Felia Horodenski, enfermeira no hospital da cidade.

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