Qualidade da educação católica é tema de reflexão para a ANEC

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Por Rosinha Martins|23.08.14|“A educação católica tem um diferencial das outras escolas por se ocupar da formação do aluno como pessoa”. Foi o que afirmou o vice-presidente da Associação Nacional de Educação Católica, o Irmão marista, Frederico Unterberg ao tratar do tema da qualidade do ensino nas instituições católicas, por ocasião do encontro que reuniu, em Brasília, no início de agosto, cerca de 150 diretoras e diretores de escolas.

“A educação católica quer ser parceira dos pais na educação dos filhos, não fazendo tudo, porque grande parte cabe a família. Quando falamos de qualidade, nos referimos ao dar sentido a vida do nosso educando.

Irmão Frederico acena que a importância de reunir os diretores está no fato de poderem partilhar os problemas e os desafios que aparecem no dia a dia para juntos buscarem soluções e primarem pela qualidade.

“Um dos grandes desafios que encontramos hoje é o professorado. Nossos professores vem para a sala de aula sem a devida preparação. Por exemplo, queremos proibir o celular na sala de aula, enquanto deveríamos buscar uma forma de o inserir nas aulas, como instrumentos”, disse.

Educadores acordam que, embora desde a sua origem as escolas tenham como destinatários da sua missão, os mais desfavorecidos da sociedade, há muito tempo a educação católica pouco tem feito para manter este propósito, salvo as questões filantrópicas que garantem a alguns poucos alunos carentes, uma vaga nestas instituições.

Para o Irmão marista, educador e coordenador da CRB Regional de Brasília, Wagner da Cruz, é hora das Congregações fazerem um reparo e oferecerem mais espaços a sociedade como um todo, em suas escolas.

“Nestes anos todos da historia das congregações, se ofereceu educação de boa qualidade as elites, hoje podemos fazer um reparo social para dar uma contribuição para a formação do todo da sociedade, olhar com mais carinho para os destinatários da nossa missão.

Ainda, segundo Cruz, as congregações precisam se interrogar, sobre a sua razão de existir, se são instituições educativas voltadas para aqueles para os quais se originaram. Existe um vazio ai e uma distancia”, concluiu.

De acordo com o educador salesiano e membro da diretoria nacional da CRB, padre Orestes Carlinhos Fistarol, sdb, a qualidade na escola é realmente um desafio a ser construído no cotidiano. “Isso implica atenção ao contexto em que a instituição está inserida, fidelidade à missão, abertura ao novo e a vivência da cultura da avaliação”.

Orestes, frisou, ainda que,  para se ter qualidade do ensino é necessário harmonia e sinergia entre os setores pedagógicos, administrativo e pastoral.

Ressaltou que a ANEC tem um papel importante no diálogo entre as instituições católicas e o Estado brasileiro em vista da garantia dessa qualidade. “Paulatinamente os participantes dos eventos da Associação vão compreendendo o significado da entidade como facilitadora do diálogo junto ao Estado Brasileiro para que a Escola Católica possa não só subsistir diante do atual contexto desafiador, mas ter a liberdade de ensinar seus valores sendo apoiada pelo próprio Estado, como garante a Constituição brasileira”.

 

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